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Brasil na ONU e adjacências

  • por | publicado: 24/09/2025 - 00:53

Lula discursa na Assembleia Geral da ONU - Crédito: Ricardo Stuckert/PR/EBC/Agência Nacional

É muito importante a formação do chefe de Estado para se posicionar sem tropeços nas relações com outros governantes. E pesa muito mais no ambiente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Nos preparativos para as aberturas das Assembleias anuais da ONU, por exemplo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) sabia pesquisar, analisar, refletir, concluir, escrever, corrigir, fazer texto final e ler (inclusive em inglês) o seu pensamento. FHC conversava, lia e escrevia em inglês, francês, italiano e espanhol. Seus encontros com autoridades estrangeiras, portanto, fluíam. Dispensavam, quase que sempre, a intervenção de interpretes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) lê discursos prontos, com viés de assessores, para abrir uma Assembleia da ONU. Foi assim ontem (23/09), em Nova York , nos Estados Unidos. Nos diálogos com autoridades de outros países, os tradutores estão por perto. Estes, porém, consomem maior parte do tempo: ouvindo e traduzindo aquilo Lula quer comunicar e, depois, ouvindo e traduzindo a resposta do interlocutor.

Trump e Lula, enfim, sinalizam diálogo na ONU

As sanções tarifárias e políticas e as restrições à autoridades brasileiras impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem inaugurar uma fase de distensão. Na abertura da Conferência da ONU, o norte-americano estendeu a mão para Lula. E mais: anunciou que conversará com o brasileiro na próxima semana.

As divergências entre Lula e Trump, além da componente Bolsonaro, se agravaram pela birra do petista. Ele se recusou a abrir o diálogo com os EUA quando o tarifaço estava posto em índice horizontal para o mundo.

Confira os discursos de Lula e Trump.

Se ocorrer conversa anunciada, uma coisa é previsível: a presença de intérprete para filtrar o papo. Lula não domina o inglês, idioma dos EUA e amplamente usado nas relações diplomáticas. 

É provável que Lula, como de costume, convoque o ex-chanceler Celso Amorim. Este é assessor para assuntos internacionais e militante do PT.

O Planalto confirmou que a conversa será por telefone.

Perguntar não ofende: formação de um chefe de Estado faz ou não alguma (ou muita) diferença?!…

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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