Os administradores do Banco de Brasília (BRB), acenderam luz amarela após os resultados apresentados no balancete 3T24. No final de outubro, então, o Conselho de Administração autorizou aumento de capital de R$ 750 milhões, via emissão de novas ações para subscrição privada. O novo valor, de R$ 2,344 bilhões (R$2.344.020.829,07), foi homologado na sexta (27/12), em reunião extraordinária do Conselho.
A totalidade dos recursos será destinada “à conta de capital social do banco”. Ou seja, nenhuma fração cobrirá compromissos do passivo circulante. Esse aumento de capital do BRB, todavia, depende de homologação pelo Banco Central (BC).
O patrimônio líquido do BRB, em 30/09, era de R$ 2,868 bilhões, e o capital social de R$ 1,594 bilhão (R$ 1.594.020.825,80). A relação entre as contas demonstrava, portanto, que 44,43% do PL representavam os lucros passíveis de divisão entre os acionistas. Com a integralização do novo capital, os lucros passaram a representar 18,28% do PL. Mas, para o fechamento do exercício fiscal, falta apurar o balancete 4T24.
A Lei das Sociedades Anônimas determina que, nas companhias organizadas por ações, os acionistas respondem diretamente pelos haveres. “(…) respondem pelas obrigações sociais até o limite do que falta para a integralização das ações de que sejam titulares”, define o economista Fábio Coelho, no “Manual de Direito Comercial”. A definição aparece no artigo “Análise das modalidades de aumento do capital social: conceitos e aplicações” (19/12/2024), no portal do escritório de advocacia TM Associados.
Fluxo de caixa despencou 44%
O BRB apurou nos 9M24 receitas de R$ 5,299 bilhões, ligeiramente acima (4,26%) dos R$ 5,082 bilhões do mesmo período em 2023. O lucro líquido, entretanto, encolheu 28%, para R$ 93,7 milhões.
O saldo disponível em fluxo de caixa e equivalentes (disponível em capital de giro) do banco do Governo do Distrito Federal caiu de forma significativa. De R$ 1,268 bilhão, nos 9M23, para R$ 709 milhões. Portanto, redução de 44%.
No capital social, BRB tem ações ordinárias (com direito a voto) e preferenciais. Em 03/12, o controle do capital total do banco era o seguinte:
- Associação Nacional dos Empregados Ativos e Aposentados do BRB (AnaeBRB): 8,68%;
- Governo DF: 65,63%;
- Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev DF): 15,07%;
- Outros: 10,62.
BRB investigado por causa do controlador
Por conta das orientações políticas do controlador, o BRB coleciona um baú de imbróglios. Entre estes, aflorou, em 2022, o da parceria com o Clube de Regatas Flamengo, o Flamengo.
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Bom dia a todos que acompnham esta coluna econômica! É lamentavel que esse banco publico que atempo vem demonstrando deficiência financeira, a ponto de correr risco de liquidação por intervenção do BC venha a anos patrocinando o Flamengo pagando uma fortuna ano a ano sem caixa, mas ppr imposição do gestpr maior ppr ser flamenguista. Isto tambem ocorreu no CEF na gestão da petralhada abortafo no governo Bolsonaro!!! Até quando vamos conviver com esses desmando com a coisa pública???
Só esperando encerrar o patrocínio do Flamengo pra eu encerrar minhas contas no BRB, só movimento lá por causa do Flamengo, não tenho vantagem nenhuma.
Já deveria ter varrido fora, quem sustenta esse banco é o servidor público e não a Urubuzada
E os financiamentos milionários para os bolsonaros e para o ibanes . Sem falar em outros que o público não fica sabendo hein!!!!!
Nós, servidores públicos do Distrito Federal, deveríamos entrar com uma ação contra o governo para acabar com o monopólio do BRB sobre os empréstimos consignados.