Os investidores em gigantes da “indústria da internet” da China, como Alibaba, Tencent e Ant, acenderam luz amarela diante das regulamentações contra práticas monopolistas. O cerco oficial chinês ficou muito mais rígido há uma semana.
No momento, então, é visível que o governo encara a “capitalização de mercado combinada” das três empresas, ao redor de US$ 2 trilhões. Portanto, superam em valor de mercado estatais como Bank of China Ltd, destaca reportagem da Bloomberg, desta terça (10/11).
“O Partido Comunista de Xi Jimping está intensificando esforços para controlar algumas das empresas mais poderosas da China”, diz a agência. E, assim, vai “sacudindo investidores e desferindo um golpe em alguns dos empresários mais ricos do país”.
Uma reação imediata foi do Ant Group Co., que suspendeu oferta pública de US$ 35 bilhões. Além disso, as medidas da terça-feira desencadearam vendas crescentes de papéis em Bolsa de Valores de companhias chinesas.
A postura chinesa é endereçada, então, principalmente de e-commerce e finanças digitais. O governo chinês quer “conter o comportamento anticompetitivo, como conluio no compartilhamento de dados confidenciais do consumidor”, segue a reportagem. No foco, portanto, as “alianças (entre gigantes) que eliminam rivais menores e subsidiam serviços abaixo do custo para eliminar concorrentes”.
China joga com riscos
Porém, o cerco, de acordo com “especialistas”, observa Bloomberg, surge, então, o risco de desastre enorme por conta de “regulamentações mais rígidas”. Por exemplo: valor de mercado do Ant, de US$ 280 bilhões, poderia cair em 50%.
“Parece haver um sentimento mais amplo do governo da China de que as plataformas de internet estão se tornando muito poderosas”. A avaliação é de Hoi Tak Leung, advogado de Hong Kong especializado em empresas chinesas de internet na Ashurst LLP, citado pela agência.
China, portanto, não aceita economia de mercado na inteligência artificial (AI – sigla em inglês).
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