Em outubro de 2016, o pesquisador Mario Neto Borges (engenheiro eletricista e doutor em Inteligência Artificial), foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Antes, presidiu a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Minas Gerais (Fapemig), de 2008 a dezembro de 2013.
Mario Neto foi substituído na Fapemig pelo, então, Diretor Científico, o pesquisador Evaldo Ferreira Vilela – engenheiro Agrônomo e doutor em Ecologia.
Ontem (16/04), o presidente Jair Bolsonaro demitiu o presidente do CNPq, o engenheiro químico e pesquisador em Engenharia Aeroespacial e Aeronáutica João Luiz Filgueiras de Azevedo. Para o seu lugar, foi nomeado Evaldo Vilela. O ato está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta (17/04).
Sucessões Fapemig e CNPq
Pouco antes de Mario Neto passar pelo CNPq, outro nome ligado à Fapemig esteve lá. O pesquisador Paulo Sérgio Lacerda Beirão (médico e doutor pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas/UFRJ) ocupou a Diretoria de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde (2011-2013).
Beirão é, desde junho de 2015, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig.
Mario Neto ocupou também a Diretoria Científica da Fapemig, antes de assumir a presidência. E dirigiu, ainda, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Evaldo Vilela é o atual presidente da Confap. Há, então, uma sequência na ocupação das cadeiras.
A sucessão na Fapemig, então, parece natural. Sem política, portanto, não haverá surpresa.
Ministro esteve com Vilela na UFMG
O professor Vilela – os diretores da Fapemig são tratados por professor e professora – teve confirmação definitiva para o novo cargo na segunda (13/04). Foi no encontro, em Belo Horizonte, com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, astronauta Marcos Pontes.
O ministro esteve na capital mineira para conhecer pesquisas desenvolvidas em laboratórios da UFMG, no Campus da Pampulha.
O governador de Minas, Romeu Zema, esteve na visita. Todavia, não há indicativo de sua influência na nomeação de Evaldo Vilela. Mas, há de se registrar, também, a vaidade dos pesquisadores: gostam de atribuir as escolhas para o CNPq ao peso da Academia – à classe. Contudo, isso não é regra.
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