Economia

Copasa, ainda não vendida por Zema, gasta com intangível

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa MG), ainda não vendida, conforme promessa de campanha do governador Romeu Zema, põe em pauta gasto que fortalece o atual status quo. O Consórcio Aquila (Instituto Aquila de Gestão e Escola de Gestão Aquila) foi vencedor em Programa de Desenvolvimento de Lideranças. A estatal pagará R$ 1,996 milhão (R$ 1.996.670,30).

No objeto da licitação está: “prestação de serviços de diagnóstico, planejamento, execução, acompanhamento e avaliação de resultados do Programa de Desenvolvimento de Lideranças da COPASA MG” (sic). O processo (Licitação Nº CPLI.1120210029) passou por expedientes de recursos, provocados pelo concorrente desqualificado, Consórcio Lidersan. Na quarta (06/10), a comissão da Copasa deu por encerrada a concorrência.

Mercado oferta profissionais qualificados

Mas esse é o tipo investimento que não agregará valor algum aos ativos operacionais da Copasa, no momento de sua venda, agora ou em outro governo. Isso por um motivo muito simples: o mercado é ofertante de profissionais qualificados em toda a cadeia de saneamento.

Há, portanto, um superávit, tanto no segmento do abastecimento de água potável quanto no tratamento do esgotamento. Além disso, por conta das privatizações, há muito tempo, as empresas públicas brasileiras perderam primazia de líderes absolutas em tecnologia, processos e gestão no setor.

Entretanto, a pergunta é: Zema, pré-candidato à reeleição, estaria, neste momento, jogando para as urnas? Ou seja, empurrando o assunto para eventual segundo mandato.

Dificuldades de Romeu Zema

Ao assumir o Governo, Zema percebeu, todavia, que não seria fácil vender a Copasa e controladas. E mais difícil, ainda, o Grupo Cemig, liderado pela holding Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Outras estatais figuram na lista de Zema. Leia nas matérias relacionadas ABAIXO as principais dificuldades do programa de vendas do atual governo. Mas, a barreira política mais emblemática é, sem dúvidas, a CPI da Cemig, dentro da Assembleia Legislativa.

Diretor presidente da Cemig, João Polati Filho, compareceu à CPI da Cemig para dar explicações sobre denúncias na gestão estatal. Foto: Guilherme Dardanham/ALMG/Divulgação

Copasa levanta riscos nas represas

Mesmo sem qualquer comunicado público de riscos para populações vizinhas, a Copasa realizará nova etapa de avaliação de suas represas de captação de água. A RHA Engenharia e Consultoria Ltda, vencedora de licitação, receberá R$ 340.374,00 para entregar estudo completo em “serviços técnicos especializados”.

A licitação vencida pela RHA envolve, portanto, “levantamento cadastral e mapeamento preliminar e estimativo da população existente nas zonas de autossalvamento das barragens” até a “elaboração do projeto das rotas de fuga”.

No começo de 2021, entretanto, a Copasa teve de administrar situações de riscos em represas. Um dos casos, por exemplo, foi a Represa Várzea das Flores, em Betim, na Região Metropolitana.

Nairo Alméri

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