Mineração Usiminas, do Grupo Usiminas, não destinará mais rejeitos do processo de concentração de minério de ferro para barragens convencionais. Em comunicado desta terça (28/12), a controladora, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), assegura que, no domingo (26), houve “migração definitiva para o dry stacking”. As jazidas da empresa estão no complexo da Província Minerária a Serra de Itatiaiuçu (MG).
A inauguração da planta dry stacking foi em 1º deste mês, junto às Minas Oeste e Central, no município de Itatiaiuçu. O processo consiste na destinação o rejeito até a planta de filtragem. Portanto, a polpa não irá mais para barragens convencionais.
O material resultante do processo de filtragem é destinado a uma pilha de material. Depois, ao chamado “empilhamento a seco”. E, por fim, compactado. Esta última etapa, portanto, executada em local da revegetação posterior.
O dry stacking proporciona vantagens como, por exemplo, a do retorno de parte da água ao processo de concentração. Ou seja, método recircular. Isso significa redução no volume de água empregado na concentração do minério. A empresa associa isso, portanto, aos compromissos ambientais.
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Investimentos
A controlada da Usiminas investiu R$ 235 milhões no processo dary starking.
Ainda resta uma barragem
Mas, a mineradora ainda possui uma barragem no método “a jusante” integrada aos processos de extração do minério de ferro. Assegurou, no entanto, que essa unidade será “desativada ainda neste mês”.
Descomissionamentos
Quanto à descaracterização das barragens no complexo na Serra de Itatiaiuçu, a Usiminas relata foi concluída na Somisa, em 2020, e aceita pela autoridade ambiental. E que, no começo do próximo ano, iniciará na Barragem Central.
Mineração teve produção recorde
A Mineração Usiminas produziu neste ano 9 milhões de toneladas de minério de ferro. O resultado está no comunicado assinado pelo vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Usiminas, Alberto Ono, assinala, portanto, que “constituiu recorde histórico”.
Fiemg processa ambientalista criador do Projeto Manuelzão
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) ingressou na Justiça com ação de queixa-crime contra o médico Apolo Heringer. Ele acusou, em seu blog, as indústrias de mineração e outros setores econômicos de crime contra a água de subsolo no Estado, portanto prática de danos ambientais. Apolo é professor da Faculdade Medicina da UFMG, ambientalista e fundador do Projeto Manuelzão (dentro da universidade).
Posição da federação, entretanto, provocou reação imediata de solidariedade ao ambientalista nas redes sociais. Leia matéria do jornal Estado de Minas: Fiemg processa ambientalista por difamação nas redes sociais
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