O governador Zema, desde o início, contratou mais de uma dezena de consultorias na tentativa da privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e outras estatais. Até o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi envolvido. Mas, nada de concreto a administração estadual entregou. Alguns dos contratos do Governo Zema foram consumados via “inexigibilidade de licitação”.
A administração estadual envolveu, claro, o principal ativo operativo, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O Grupo Cemig, por sinal, foi carro-chefe nas promessas de campanha de Romeu Zema. Tal qual a Copasa, Cemig é uma estatal de capital misto, ou seja, ambas portanto, com ações do capital social listadas na B3 (Brasil. Bolsa. Balcão).
O BNDES trata também do seu portfólio de privatizações diretas. Em Minas, por exemplo, realizou audiência pública dia 19/10 para a modelagem da oferta da Ceasaminas. Veja AQUI.
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Neste mês, a Copasa firmou alguns daquelas tais contratos. Mesmo com os objetos não fazendo referências, os objetivos são pavimentar balanços patrimoniais para vendas. Ou seja, como diz o ditado, “todos os caminhos levam à Roma”. Neste caso, portanto, ao balcão de leilão da Bolsa de Valores.
No dia 18/10, por exemplo, a estatal deu conhecimento da “inexigibilidade de licitação” ao contratar R$ 255 mil com a Moody’s Local BR Agência de Risco Ltda, com sede em São Paulo. A empresa é, então, um dos braços da Moody’s, de Nova York (EUA). Em mesmo endereço, está a Moodys Analytics Do Brasil Soluções Para Gerenciamento De Risco De Crédito Ltda.
Moody’s, ao lado da Fitch e Sntandard & Poor’s, forma o trio global das principais agências de aferição de riscos políticos e financeiros para os negócios. Ou seja, não entram no varejo dos valores nanicos.
O contrato em pauta é para “para prestação dos serviços de renovação e monitoramento do rating da Copasa MG”.
Antes, no dia 02/10, outra “dispensa de licitação” da Copasa, envolvendo a subsidiária Copanor. Comprometeu R$ 1,250 milhão com a Ernst & Young Assessoria Empresarial Ltda. Neste caso, entretanto, o “objeto” está distante da desidratação direta dos ativos, para dar leveza ao balanço. Ou seja, tornar a oferta mais palatável ao ambiente de interessados. Mas, os fins, ajudam: “contratação de Consultoria especializada para elaboração de estudos de viabilidade econômica das concessões da Copasa e Copanor em atendimento ao Decreto 10.710/2021,…”. O prazo é bem mais curto, de quatro meses.
Mais recentemente, em 15/10, porém, a Copasa tornou publico contrato com “inexigibilidade de licitação” e “objeto” muito próximo ao firmado com a E & Y. Este envolveu a multinacional Bureau Veritas, no valor de R$ 704.102,20, mas com dois anos de prazo. “Objeto: contratação e empresa especializada para emissão de parecer técnico de certificadora independente que ateste a adequação dos estudos de viabilidade dos contratos da Copasa e Copanor”. No site Da Bureau Veritas Brasil a apresentação é: “O Bureau Veritas é líder mundial em serviços de avaliação de conformidade e certificação”.
Ainda com similaridades em data e modalidade ao Veritas, a Copasa contratou o IAT – Instituto Alphageos de Tecnologia. Este fará a “emissão de laudo/parecer técnico de conformidade do plano de captação da COPASA MG às exigências previstas no Decreto 10.710/2021”. O prazo fica no meio dos dois contratos anteriores tratados: três meses. Nos contratos com a Moody’s e IAT, por conta direta do interesse da Bolsa de Valores, portanto, está a assinatura do diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Carlos Augusto Botrel Berto.
O IAT, integrado ao Grupo Alphogeos (Alphogeos Tecnoogia Aplicada S.A.) se apresenta ao mercado assim: “O parceiro indispensável em aferir a qualidade, segurança, desempenho e eficiência de seus produtos, processos e serviços”.
Portanto, até aqui, o Governo Zema viveu o inferno astral em duas vias. Em uma, juntar trocados para regularizar salários dos servidores. Na outra, consecutivos fracassos na raia política para realizar as promessas de campanha.
Mas, teve fôlego, neste ano, com o orçamento tragédia de R$ 11,06 bilhões, parte dos R$ 37,7 bilhões entregues pela Vale S/A à Justiça.
O dinheiro extra teve origem na triste tragédia da Mina Córrego do Feijão, com 270 mortes e danos ambientais.
O governador, entretanto, é bem-sucedido do comércio, com ênfase nos varejos de eletrodomésticos e revenda de derivados de petróleo (braço alienado). Mas, não pensa em voltar aos balcões do Grupo Zema, pois, pretende concorrer a um segundo mandato.
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