Foi registrada, nesta quinta (23), a primeira candidatura a presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais ao biênio 2022/2024. A desembargadora Mariangela Meyer Pires Faleiro será também a 1ª mulher a disputar o cargo. Ela foi 3ª vice-presidente do Tribunal da gestão passada e, atualmente, é superintendente-adjunta da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef).
Ao formalizar sua candidatura, Mariangela Meyer deu demonstração de força ao ser acompanhada por cerca de 50 desembargadores. Entre os apoiadores, estavam o 1º vice-presidente do Tribunal, José Flávio de Almeida; o 2º vice-presidente, desembargador Tiago Pinto, o 3º vice-presidente, desembargador Newton Teixeira de Carvalho, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Agostinho Gomes de Azevedo, e o ex-presidente do TJMG (2018/2020), desembargador Nelson Missias de Morais.
Gestora com apelo à conciliação
Segundo seus apoiadores, a candidata é tida como gestora capacitada e com forte apelo para a conciliação. Durante sua gestão como 3ª vice-presidente, foi responsável por grandes acordos judiciais em grandes conflitos. Entre eles, o da Ocupação Isidora que beneficiou 20 mil famílias na região nordeste de Belo Horizonte e o acordo do Estado com prefeitos mineiros para pagamento de dívida de mais de R$ 7 bilhões. Ainda em sua gestão, deu início às tratativas do acordo da Vale com o Estado, após a tragédia de Brumadinho (Grande BH), onde estouro de barragem matou cerca de 300 pessoas e destruiu a economia e o meio ambiente regionais.
O prazo final de inscrição acontece na sexta (25). Há especulações de que uma ou duas candidaturas ainda deverão ser inscritas. As eleições acontecem no dia 29 abril, e a posse dos eleitos será no dia 1º de julho, quando se iniciam os novos mandatos, com término para 30 de junho de 2024.
Seis cargos em disputa
Além do cargo de presidente, estarão em disputa os cargos de primeiro vice-presidente, segundo vice-presidente, terceiro vice-presidente, corregedor-geral de Justiça e vice-corregedor-geral de Justiça.
Todos os 146 desembargadores, dos quais 28 são mulheres, estão aptos para a disputa. Até antes de 2014, somente poderiam se candidatar os cinco mais antigos.
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