O que parecia ser uma reeleição em céu de brigadeiro virou turbulência provocada por racha interno no PL na Assembleia Legislativa. A ala bolsonarista se rebelou e cobrou a renúncia do líder do bloco Avança Minas, Gustavo Santana (PL), que, por sua vez, reagiu. Para entregar a liderança do bloco, Santana impôs a condição de ser indicado, em compensação, como o 1º secretário na eleição da Mesa Diretora, que acontece na manhã desta quarta (4).
O cargo é uma espécie de ‘prefeito’ da Assembleia diante de sua importância administrativa no Legislativo. Para a liderança do PL, está cotado o nome do bolsonarista Bruno Engler. O PL é o maior partido do bloco, com 12 deputados, e já comandava a primeira Secretaria da Assembleia.
Na votação interna, Santana venceu por 6 a 5 derrotando a reeleição do atual 1º secretário, Antônio Carlos Arantes (PL). Revoltado com a reviravolta, Arantes estava determinado a lançar candidatura avulsa contra a chapa oficial, que tem como presidente, Tadeu Leite (MDB), que busca a reeleição. Como Arantes, Santana abriu, ontem mesmo, campanha para conquistar o voto dos deputados.
Pautas ideológicas
A crise do PL pegou a todos de surpresa, especialmente Tadeu Leite, que, como candidato único e de consenso, apostava numa reeleição pacífica. Os bombeiros de plantão tentam convencer Arantes a desistir da disputa, evitando desgastes inevitáveis. A briga interna no PL foi agravada pela ala bolsonarista que reprova a condução de Santana na liderança sem abraçar pautas mais ideológicas.
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