Bolsonaro afasta secretário de Cultura para afastar de si pecha de nazista Bolsonaro afasta secretário de Cultura para afastar de si pecha de nazista

Bolsonaro afasta secretário de Cultura para afastar de si pecha de nazista

Bolsonaro e Regina Duarte em encontro em outubro de 2018, reprodução Twitter

Dezesseis horas após dizer que o Brasil, “depois de décadas, agora tem secretário de Cultura de verdade”, Bolsonaro voltou atrás e o demitiu sumariamente. Só não pediu desculpas, embora deveria, pelo nefasto secretário que contratou. Na quinta (16), às 19 horas, disse que ele iria fazer um trabalho atendendo à maioria do povo brasileiro e o agradeceu “por ter aceitado a missão”.

No anúncio da demissão, às 11 horas desta sexta (17), o presidente reconheceu, somente após onda de indignação, que ele fez declaração “infeliz”. “Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”. O reconhecimento do presidente referiu-se mais às avaliações de outros do que suas próprias.

Para afastar de si o malfeito, reiterou o “repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas”. Roberto Alvim só agiu assim porque recebeu incentivo do chefe, que não faz outra coisa, ou seja, ideologiza seu governo e modo de pensar de seus seguidores.

Decisão veio de fora após muita pressão

Por último, em vez de desculpas, manifestou total e irrestrito apoio à comunidade judaica, representante das principais vítimas da barbárie e dos crimes nazistas do século XX.

Bolsonaro demorou a tomar a decisão e só esperou para identificar o tamanho do estrago. O maior deles seria a vinculação de seu governo, já bastante criticado pelas posturas autoritárias, ao nazismo e suas ramificações tenebrosas. O princípio da democracia está, antes de tudo, no respeito e na capacidade convivência com os diferentes.

A causa da demissão já é sabida, por conta daquele vídeo postado pelo próprio, no Twitter, na noite de quinta-feira. Morreu pela boca, ao copiar trechos de discurso do nazista Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Internautas sacaram, também, que a música de fundo escolhida para o vídeo é a ópera Lohengrin, de Richard Wagner. Uma das preferidas de Hitler.

Vídeo recebeu 303 mil publicações no Twittter

O pronunciamento do ex-secretário da Cultura viralizou negativamente nas redes sociais. No Twitter, foram feitas 303 mil publicações sobre o assunto até as 11h30 desta 6ª feira. O monitoramento é da DAPP-FGV (Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas).

Segundo a DAPP-FGV, a partir das 8 horas, o volume de menções aumentou rapidamente, com pico de 1.800 tweets por minuto às 11h11m. Goebbels foi citado em 28% dos tuítes, enquanto o termo “nazista” o de maior predomínio, constando em 32%. Adolf Hitler é mencionado em 12% das publicações. Já Richard Wagner, em 5%.

Minutos antes de sair, Alvim voltou a ser agressivo ao culpar a esquerda pela repercussão negativa. “…estão tentando desacreditar todo o PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, que vai redefinir a Cultura brasileira… É típico dessa corja”, afirmou.

Agora, falta Regina Duarte aceitar

Agora, vamos ver se a atriz Regina Duarte aceita o desafio e, em caso positivo, quanto tempo ficará no cargo. Ela já havia sido convidada anteriormente e recusou. Pode ser que agora mude de ideia e parta para essa aventura.

Maioria de BH que aprova Bolsonaro é homem, rico, branco, evangélico e de direita

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Lauar

Esse pessoal da esquerda e imprensa são mesmos uns canalhas. Se o cara foi infeliz em sua colocação , foi dele e não de Bolsonaro. Agora essa imprensa lixo, juntos com esses esquerdopatas de plantão ficam querendo atribuir ao presidente . Vão todos tomar no meio do Cuzão, cambada de idiotas.

Cristiano Martins

que lixo de reportagem.