Desde a posse, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) já fez 99 ataques diretos a jornalistas ou a veículos de comunicação. A iniciativa do presidente desqualifica também a atuação da imprensa e dos profissionais no país. Os dados são presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, segundo a Agência Senado. Ela os apresentou, nesta segunda (4), na reunião do Conselho de Comunicação Social (CCS) do Senado Federal.
A dirigente fez questão de ressaltar que o levantamento da entidade foi “criterioso”. Ou seja, separou críticas conceituais de “ataques puros e simples”. Foram alvos jornalistas específicos e a maneira como alguns veículos fazem a cobertura de seu governo.
“Só em outubro, o presidente realizou 13 ataques pessoais contra jornalistas ou à forma como o jornalismo é feito no país. Desde a posse, já foram 99 ataques pessoais e agressões a veículos específicos. São manifestações do tipo “a imprensa é nossa inimiga” ou “se valesse, jornalista já estaria tudo preso””, apontou ela.
Papel de vítima
Em sua avaliação, Bolsonaro parece buscar de forma sistemática desacreditar a imprensa. O objetivo seria se colocar como vítima, para que a população o veja como um perseguido por ela. “Dessa forma, as informações veiculadas não seriam confiáveis”, emendou.
Do levantamento, 11 ataques foram pessoais contra jornalistas e 88 contra veículos e à imprensa como um todo. Os principais alvos são o grupo Globo e os jornais Folha de S. Paulo e Valor Econômico.
“A Folha envenena meu governo”
No dia 31 passado, o presidente determinou o cancelamento de todas as assinaturas da Folha no governo federal. Em tom de ameaça, ainda disse que os anunciantes do jornal “devem prestar atenção”.
“Determinei que todo o governo federal rescinda e cancele a assinatura da Folha de S. Paulo. A ordem que eu dei (é que) nenhum órgão do meu governo vai receber o jornal Folha de S. Paulo aqui em Brasília. Está determinado. É o que eu posso fazer, mas nada além disso”, disse, em entrevista à TV Bandeirantes.
Descartou se tratar de censura. “Espero que não me acusem de censura. Está certo? Quem quiser comprar a Folha de S. Paulo, ninguém vai ser punido, o assessor dele vai lá na banca e compra lá e se divirta. Eu não quero mais saber da Folha de S. Paulo, que envenena o meu governo a leitura da Folha de S. Paulo”.
Sobrou até para anunciantes da Folha
Em seguida, em live nas redes sociais, Bolsonaro voltou ao tema e ameaçou anunciantes do jornal. “Não vamos mais gastar dinheiro com esse tipo de jornal. E quem anuncia na Folha de S. Paulo presta atenção, está certo?”, disse.
Ameaça à TV Globo
Dois dias antes, no dia 29, ele insinuou que poderia não renovar a concessão TV em 2022. A reação dele foi após reportagem do Jornal Nacional (TV Globo), que vinculava seu nome ao dos assassinos da vereadora Marielle Franco (RJ).
Casos de censura em outubro
Em seu relatório do mês passado, a presidente da Fenaj citou a censura feita pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O assunto censurado foi uma reportagem sobre o Festival de Artes Jackson do Pandeiro, em João Pessoa (PB). A matéria foi reeditada para publicação no YouTube. O diretor do programa “Antenize”, Vancarlos Alves, foi demitido. O motivo teria sido a veiculação de um cordel em que aparecia a imagem da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio. Na versão para a internet, a imagem da vereadora assassinada no ano passado foi eliminada.
Outra censura, desta vez, praticada pelo próprio YouTube a dois vídeos do site Ponte Jornalismo. As reportagens da Ponte Jornalismo denunciavam dois professores da rede de ensino AlfaCon. Eles faziam apologias à tortura e a execuções sumárias durante as aulas, para os alunos.
“O estranho é que as imagens usadas nas reportagens da Ponte Jornalismo, com as apologias aos crimes, vinham de vídeos da própria AlfaCon. O YouTube alegou que a Ponte Jornalismo estaria infringindo o direito autoral”, reclamou a presidente da Fenaj.
Por onde anda o presidente do STF, que nada diz sobre as agressões à Constituição?
Leia o site Além do Fato
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
E quantos ataques e golpes baixos, covardes e desonestos a imprensa podre já fez contra Bolsonaro, inclusive esta ultima do porteiro? Bolsonaro é o presidente mais atacado em toda a nossa história. O que fazem com ele é a mais pura covardia, por que a imprensa tem o poder da comunicação, garantido pela nossa constituição. E se aproveitam e se deleitam com estas prerrogativas. Se escondem atrás destas leis de liberdade de imprensa para atacar impiedosamente de forma ideológica e covarde o presidente da república.
O jornazismo brasileiro precisa parar com as mentiras. Imprensa brasileira: credibilidade zero. Desonestidade 1000!
Imprensinha marrom de esquerda. Jornalismo medíocre! Vendido! A prostituta da notícia! Vergonha!
Atacou pouco….cambada de petistas e corporativistas…
E com toda a razão!
Sou jornalista aposentado. A meu ver Bolsonaro recebeu muito mais ataques da imprensa, particularmente daqueles órgãos que tiveram interesses econômicos prejudicados. Imprensa não deve tomar partido, muito menos colocar seus interesses acima do interesse da nação. Só é preciso tomar cuidado para não colocar no mesmo balaio jornalistas sérios e comprometidos com a verdade, como Alexandre Garcia e o Boechat, que infelizmente se foi, entre outros.
Sou jornalista aposentado. A meu ver Bolsonaro recebeu muito mais ataques da imprensa, particularmente daqueles órgãos que tiveram interesses econômicos prejudicados. Imprensa não deve tomar partido, muito menos colocar seus interesses acima do interesse da nação. Só é preciso tomar cuidado para não colocar no mesmo balaio jornalistas sérios e comprometidos com a verdade, como Alexandre Garcia e o Boechat, que infelizmente se foi, entre outros.
O contrario!! Bolsonaro é que foi atacado muitas vezes pela imprenssa.
Vamos corrigir: Bolsonaro revida alguns dos ataques – todos infundados – que recebeu da imprensa. O presidente é incapaz de revidar a todos porque ele, ao contrário desses vagabundos, gasta muito tempo trabalhando.