Eleitores aguardam na fila de votação para conselheiro tutelar em BH, foto Orion Teixeira
As eleições para conselheiros tutelares reproduziram neste domingo (6), em Belo Horizonte e em todo o país, a forte polarização política do atual momento. A intensa atuação de movimentos religiosos, comunitários e sociais provocou comparecimento recorde, de mais de 45 mil eleitores, para mais de 200 candidatos.
Na eleição de quatro anos atrás foi 50% menor, com um eleitorado de cerca de 30 mil. Neste ano, serão eleitos 45 conselheiros, cinco para cada uma das nove regionais da capital mineira. O salário é de R$ 3.775,13.
O mandato dos eleitos é de quatro anos a partir de 2020. Os Conselhos Tutelares são responsáveis por zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes.
Silenciosa, a mobilização foi feita intensamente na internet e nas igrejas evangélicas. As campanhas foram feitas pela eleger conselheiros conservadores contra progressistas e vice-versa. Na regional Nordeste, todos os cinco eleitos são evangélicos.
Muitos eleitores manifestaram desconhecimento da função do Conselho Tutelar e até mesmo sobre os candidatos nos quais votaram.
Houve falta de informações e muita reclamação, com longas filas e demora na votação. A razão maior foi o alto número de eleitores ante uma modesta estrutura montada pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Não faltou o clima acirrado na disputa, com denúncias de irregularidades, boca de urna e transporte irregular de eleitores. Esses crimes não estão sujeitos às penalidades da lei eleitoral, mas de leis municipais.
A eleição acontece quando, na Câmara Municipal, há uma disputa ideológica em propostas como “escola sem partido” e “ideologia de gênero”. De acordo com o vice-prefeito de Belo Horizonte, Paulo Lamac, a intensa participação está associada à polarização política no país. “Isso se manifesta em tudo, na questão da criança e do adolescente, na educação”, observou ele. Lamac reconheceu que o segmento religioso estimulou a participação e candidaturas para aumentar sua representatividade.
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