CPI da Cemig encerra investigação e aponta irregularidades e indiciados CPI da Cemig encerra investigação e aponta irregularidades e indiciados

CPI da Cemig encerra investigação e aponta irregularidades e indiciados

  • por | publicado: 17/02/2022 - 09:48 | atualizado: 01/04/2022 - 19:49

Evandro Negrão, vice-presidente do Novo, é acusado de ingerência na Cemig, foto Guilherme Dardanhan/ALMG

Após oito meses, a CPI da Cemig encerrou na terça (15) as investigações e discute, nesta quinta (17), o relatório final com as irregularidades encontradas e os prováveis indiciados. Nas últimas 24 horas, subiu de três para cinco os nomes dos possíveis indiciados por conta das ilegalidades identificadas. Os deputados estão convencidos de, pelo menos, três irregularidades foram cometidas na principal estatal de Minas

As primeiras e mais flagrantes são o conjunto de contratos sem licitação, quebrando regras de governança e de responsabilidade fiscal. Enquadram-se nesses casos desde a contratação do atual presidente e diretores, venda de ativos (subsidiárias) e a contratação de empresas de São Paulo igualmente fora das regras.

A partir daí, surgiram as outras duas irregularidades na estatal, classificadas pelos deputados, de aparelhamento, ingerência do partido Novo e favorecimento de empresários e empresas. Em sua maioria, foram beneficiadas empresas paulistas ligadas ao partido Novo e que prestaram serviços aos dirigentes e ao governo Zema na seleção de candidatos, executivos e secretários.

Maquiagem do Novo

Os governos anteriores, tucanos e petistas, também aparelharam e favoreceram aliados e acionistas, mas o governo do Novo fez o mesmo sob o discurso de que estava buscando a renovação. Fizeram a seleção por meio do mercado, por empresas especializadas em recrutamento e caça de talentos, mas o fez por meio de indicações do partido na escolha da empresa. A CPI da Cemig está convencida de que o critério de seleção foi uma maquiagem para o uso político da empresa.

Tanto é que contrataram a Exec, empresa de recrutamento e seleção de executivos, que foi indicada pelo partido Novo, mas quem fez as sabatinas foram os dirigentes partidários. Pelo serviço para o qual foi contratada, e que fez de conta que fez, a empresa recebeu R$ 170 mil, valor pago com desconto solicitado pelo vice-presidente do Novo, Evandro Negrão de Lima. Ele próprio e o presidente nacional do partido, João Amoêdo, fizeram as sabatinas e escolheram o atual presidente, Reynaldo Passanezi.

Ingerência não explicada

Em seu depoimento, na terça (15), Evandro contestou a suspeita de ingerência partidária, dizendo só que foi consultado e que João Amoêdo participou por sua expertise em gestão. Até onde se sabe Amoêdo nunca foi gestor público, tentou ser, mas foi derrotado nas eleições presidenciais. Deve ser bom administrador de seus negócios próprios e como empresário.

Quanto aos indiciamentos, estão previstos os nomes do empresário Evandro Negrão, por suas consecutivas ingerências. Também o nome do diretor de Regulação e Jurídico da Cemig, Eduardo Soares, responsável pela montagem dos pareceres jurídicos favoráveis aos atos irregulares. O terceiro nome é o do diretor da Cemigpar, Maurício Dalla’Angese, responsável pela venda de ativos, das subsidiárias da Cemig em outros estados. A intenção era, de acordo com os deputados, desidratar e desvalorizar a futura e eventual privatização da Cemig. A diretora de Compras de Materiais e Serviços, Ivna de Sá Machado de Araújo, também deve entrar na lista.

Privatização sem urgência

Por falar em privatização, o governo Zema vai encontrar mais dificuldades. Ainda na terça passada, a Assembleia Legislativa rejeitou o pedido de urgência dele para privatizar a Codemig, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, a estatal do nióbio, conhecida como a joia mais valiosa do patrimônio público mineiro.

A rejeição não se tratou de questão ideológica ou de defesa do patrimônio público. De acordo com as regras internas do Legislativo, o regime de urgência não pode ser aplicado para acelerar a apreciação de propostas que, nas votações, precisam de quórum especial.

LEIA MAIS: Dirigente do Novo indica comando da Cemig e mantém negócios com a empresa

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Denildo Gomes

Agora conta uma piada do Português Assembléia de Minas Gerais.

O contribuinte já entendeu que voces não querem assinar o Plano de Recuperação Fiscal do Estado em função dos cortes das despesas que vocês mesmo geram para nós.

Avisa ai que o Estado tá quebrado e quem tem que cortar gastos desnecessários.

Privativa tudo… chega de lorota.