Pesquisa revela: ações contra a Covid favorecem queda na inadimplência Pesquisa revela: ações contra a Covid favorecem queda na inadimplência

Pesquisa revela: ações contra a Covid favorecem queda na inadimplência

Dados da pesquisa CDL/BH revelam queda na inadimplência, reprodução site CDL/BH

Ao contrário do que se temia, as medidas de combate à pandemia, desde março passado, favoreceram a queda da inadimplência entre os consumidores e até das empresas. A dos belo-horizontinos pessoa física, por exemplo, registrou a maior queda dos últimos dois anos. O indicador referente ao mês de novembro desacelerou 7,42% em comparação ao mesmo período de 2019. Na abertura mensal (Nov.20/Out.20), a inadimplência também recuou, com queda de 2,41%.

Já o indicador de dívidas das empresas, na capital mineira, registrou uma queda de 13,32% em novembro de 2020, frente ao mesmo período do ano anterior. Com as mudanças ocorridas para combater a pandemia, o indicador intensificou a queda e vem registrando recordes de desaceleração com o passar dos meses. É a queda maior da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

A inadimplência entre as empresas da capital mineira apresentou queda de 10,35% em novembro de 2020 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Na comparação mensal (Nov.20/Out.20) a queda foi de 0,96%. Para o presidente da CDL/BH, Marcelo Souza e Silva, com as medidas adotadas para barrar a disseminação do coronavírus, os empresários souberam se adaptar. O que fizeram? Puderam dar mais atenção à gestão de seus negócios e, dessa forma, têm conseguido quitar as suas dívidas e deixar o cadastro de inadimplentes.

“A flexibilização de obrigações como o pagamento de impostos, por exemplo, também contribuiu para esse cenário. É importante destacar que, ao observar o número médio de dívidas, verificamos que em novembro de 2020 a média foi de 1,808 frente a 1,870 em novembro do ano passado. Com a melhora do ambiente econômico em função do retorno das atividades econômicas, a população tem conseguido cumprir suas obrigações financeiras. Tudo isso atrelado ao aumento do saldo de empregos nos últimos meses e os recursos transferidos pelo governo federal. A tendência de desaceleração segue por quatro meses consecutivos”, anotou o presidente da CDL/BH.

Mulheres têm mais compromisso

A inadimplência caiu entre os dois gêneros quando se compara o mês de novembro de 2020 com o mesmo período de 2019. As mulheres, mesmo apresentando desvantagens no mercado de trabalho em comparação aos homens, como rendimentos médios inferiores e maior taxa de desemprego, ainda têm maior compromisso em quitar suas dívidas. As taxas de inadimplência são praticamente iguais: homens (queda de 8,12% e mulheres com retração de 8,11%).

Jovens são os mais endividados

A maior concentração de dívidas está entre os jovens de 18 a 24 anos. Eles representam 63,95% dos devedores. “Esta tendência de acúmulo de dívidas entre os jovens adultos teve início com a pandemia. Eles são mais despreparados em relação ao controle financeiro e mais sensíveis às crises econômicas. Contudo, é importante destacar que o índice recente de inadimplência entre essa faixa da população é o menor dos últimos nove meses”, explica Souza e Silva.

Em novembro de 2020, quando comparado com o mesmo mês do ano passado, o número de dívidas entre os consumidores da capital mineira apresentou queda de 10,39%. “A liberação do 13º. salário contribuiu para essa queda. É importante frisar que o número médio de dívidas também desacelerou na comparação anual. O indicador também intensificou sua retração nos últimos meses, registrando as quedas mais significativas da série histórica”, pontuou o presidente da CDL/BH.

Na comparação mensal (Nov.20/Out.20), o indicador seguiu a mesma tendência observada nos últimos anos, onde ambos os gêneros apresentam desaceleração no número de dívidas. Os homens registraram desaceleração de 11,32% e as mulheres de 11,22%. Neste comparativo, os jovens entre 18 e 24 anos também recuaram no número de dívidas em atraso. Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o indicador cresceu com menor intensidade, ficando em 62,26%.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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