O filhinho 01 falou “confie no capitão, o papai sabe o que está fazendo!”. Essa foi uma das senhas, deixada pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriotas), para dizer a plebe rude que não debande, que não foi recuo do presidente que é da República. Ou seja, de outra forma, confie que papai ainda vai dar golpe fatal e superar a frustração. Aí não haveria mais limites aos superpoderes que os seguidores querem conceder ao fraco governante.
A manifestação do filho dependente foi feita em resposta, ou em assessoria, aos ataques feitos pelos seguidores fanáticos. Tentou acalmar manifestações iradas de quem esperava o golpe fatal já. A hora não seria melhor, na visão de alguns. O próprio Bolsonaro tentou explicar ao admitir que há uma estratégia em curso: como são militares, fazem do recuar ou avançar de acordo com a hora certa e estratégica. Em um verbo: blefar.
Se os frustrados entenderam, foi pedido que tenham paciência, que não se toma o poder de uma hora para outra, ainda mais passando por cima da Constituição. Precisaria de mais tempo. O que é curioso é que pretendem dar o golpe na Constituição, agindo contra eles mesmos. Veja por quê?
Aliados criticam e se dizem usados
Essa é esquizofrenia golpista, interminável, que ainda leva à desconfiança de todos, até mesmo de si mesmo (veja os comentários abaixo). Tudo somado, o que fica claro é a tentativa frustrada do golpismo, do autor e de seguidores. Isso não dá certo nem mesmo em República de bananas, imagine, em um país que optou pela civilidade há 36 anos.
Artífice da carta da moderação, O ex-presidente Michel Temer socorreu Bolsonaro por conta de sua experiência em golpes. Afinal, liderou a derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Por quê? Não foi por pedalada contábil, matéria da qual faltam competências no Senado federal e no Tribunal de Contas da União e dos federados. Num pano rápido, ele participou pela picada do poder, somada ao machismo, misoginia, corrupção às avessas, antipetismo e… A História contará melhor.
O que esclareceu Temer a Bolsonaro sobre golpes? Mostrou a Bolsonaro que ele estava isolado institucionalmente e que não fecharia o STF apenas com os caminhoneiros rebitados. Que golpe não se dá parecendo que é. O presidente atual convenceu-se da tese, assinou a carta de rendição e foi chamado de “calça frouxa” um por um caminhoneiro desolado. Numa mudança de tom, ele pediu gentilmente a Alexandre de Moraes (ministro do STF), que o ameaçou de morte um dia antes, que ele soltasse os bolsonaristas presos porque teriam sido enganados pelo presidente deles.
A intentona ainda não acabou. Temer não soube precisar o tamanho da trégua, mas disse que os outros poderes deveriam dar um tempo para não dar motivos a ele. O de dizer a si mesmo, por exemplo, que tentou conversar e não quiseram ouvi-lo. Essa é a outra senha para dizer a contagem é regressiva. Tic tac, tic tac, tic tac,…
P.S. Também é preciso registrar que Temer obteve outro feito. Fez Bulsonaro usar máscara no encontro que tiveram.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Então a Dilma não deu pedalada, foi golpe. Ridículo sua Matéria. Deve ser triste , trabalhar sendo parcial e defendo verdadeiros golpistas que acabaram com nosso pais a 20 anos no poder.
Você é burro.