Telefona, Lula!... - Além do Fato Telefona, Lula!... - Além do Fato

Telefona, Lula!…

  • por | publicado: 14/08/2025 - 13:16

Lula prefere sacar R$ 30 bilhões no Tesouro, quando deveria, antes, negociar com Trump. Até ditadores fizeram isso - Crédito: Agência Brasil

O mundo todo negocia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano) uma redução nas sobretaxas alfandegárias – tarifaço. Chefes da China, Europa, Japão, Canadá, México etc. telefonam para o comandante da maior economia do mundo. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), porém, prefere sacar recursos no Tesouro Nacional e usar Trump como isca de seus planos políticos pessoais.

A China, segunda potência global do comércio, faz isso a todo instante. Obtém da Casa Branca, ao menos, tréguas comerciais de 30, 60, 90, dias. O ditador da China, Xi Jinping, não acha isso humilhante.

Trump convocou o ditador da Rússia, Vladimir Putin, para reunião no Alaska. O tirano russo, também montado em arsenal nuclear, irá. Vão combinar como fica a sua guerra na Ucrânia. A conversa será amanhã (15/08). Mesmo sempre inspirando desconfiança, o russo falou em “paz” e “controle de armas”.

O convite de Trump para o Lula foi renovado: é só telefonar.

Mas o petista tem limitações para racionar além da janela do gabinete. Além disso, não retira viseiras e segue obediência cega à militância do Partido dos Trabalhadores (PT). Então, faz birras: “Não vou me humilhar!”.

Pressiona na conta do “custo Brasil”

A delonga retrógada do petista pressiona no “custo Brasil” da economia (pacote das dificuldades estruturais: burocracia e taxas e impostos trabalhistas econômicos – produção e serviços). Por ora, lá se vão R$ 30 bilhões.

Cifra foi anunciada em clima de festa política na terça (12/08). O Governo abrirá a torneira do Tesouro Nacional, via Medida Provisória: “MP Brasil Soberano“.

Em tese, o dinheiro do Tesouro atenderá empresas exportadoras afetadas pelas sobretaxas dos EUA.

Sobrecusto também da vaidade de Lula

A pressão alfandegária dos EUA surgiu, em fevereiro, em 10% de forma linear para o planeta. Para o Brasil, porém, por conta discussões políticas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), subiu aos 50%.

Mas, poderia ter caído, por exemplo, à metade ou, até mesmo, um terço. Isso, caso Lula tivesse a humildade (aquilo que cobra de Trump) de ir pessoalmente para mesa de negociação. Além disso, seguir orientações técnicas em geopolítica.

Fatura com peso da obsessão petista

O chefe do Planalto, todavia, não sabe governar para cenários além do quadrado do gabinete, onde é vigiado e tutelado 24 horas pelo PT.

A limitação de Lula, turbinada por insensibilidade política e olhar fixo nas eleições de 2026, gera outra fatura em cima dos impostos depositados no Tesouro Nacional. Dinheiro que falta à Saúde, Educação, Segurança, Transporte e aos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (P,D&I), portanto, acabará no buraco da política.

Empurrar para as urnas

A grana de socorro no tarifaço será liberada via “crédito extraordinário”, ou seja, fora do Orçamento da União. O Planalto antecipou que os R$ 30 bilhões “é (só) o começo”.

Portanto, a critério da agenda do PT, Lula, poderá sacar mais dinheiro. Assim, aplicar a estratégia de aproximar ao máximo a assistência ao clima de 2026.

Lula e Haddad cortaram nos seguros do agro

Lula, então, simplesmente arromba a porteira dos cofres do Tesouro e faz palanques. O Governo não quis saber, por exemplo, se as apólices de seguro contratadas por exportadores cobrem sobrecustos gerados por terceiros, como atos do Governo dos EUA.

Vale lembrar que, no orçamento em curso, Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), caparam R$ 445 milhões no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). O agro é impactado fortemente pelo tarifaço.

Ibre/FGV: percentual para os EUA

Cabe, inda, ler nota publicada nesta quinta (14/08), pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). Aponta que o percentual de produtos brasileiros dependentes em 30% ou mais do mercado dos EUA é de 13,3% na pauta.

Campanhas montado em Trump

Haddad, é bom não esquecer, aparece novamente (foi em 2018) como eventual substituto do chefe na chapa em 2026.

A birra do líder do PT é propositada. Na cabeça dele, manter vivo o embate com Trump ajudará a romper a impopularidade das pesquisas, limpando o caminho da sua aposta até a convenção do PT.

Resumo da ópera: Lula nunca olhará para o tal “custo Brasil”!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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