Os presidentes de partidos serão verdadeiros deuses nas eleições municipais do próximo ano. Como os candidatos só vão poder contar com o Fundo Partidário para financiar suas campanhas, são os presidentes das legendas, juntamente com seu staf, que terão a caneta na mão para decidir quanto cada postulante vai levar.
Muitos partidos já estão organizando uma espécie de Central de Inteligência, que vai escolher um número de candidatos com maiores chances e investir prioritariamente nesse grupo, oferecendo estrutura, planejamento, estratégia, logística e pesquisas.
Um dos partidos que ja está trabalhando na montagem dessa central é o PSD do prefeito Alexandre Kalil (presidente estadual) e do ex-ministro Gilberto Kassab (presidente nacional), tarefa que está sendo coordenada pelo secretário nacional da legenda, o ex-deputado mineiro Alexandre Silveira.
Só há um jeito de o candidato fugir do poder que terão as estruturas partidárias, especialmente seus presidentes, nas eleições municipais de 2020: ele precisa ser muito rico, com um caixa que lhe permita bancar sua candidatura sem depender da legenda.
Fundo bilionário
Não está exatamente definido qual será o valor do fundo partidário para as eleições do próximo ano. Mas já se sabe que ele será maior do que o da eleição de 2018, de R$ 1,7 bilhão. No Congresso, a quem caberá aprovar o novo valor, a expectativa é que ele fique em torno de R$ 2,5 bilhões.
Seja qual for a verba do Fundo Partidário, já se sabe quais os partidos vão ficar com a maior fatia do bolo: pela ordem, o PSL do presidente Jair Bolsonaro, PT, MDB e PSDB.
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