Preocupação com banhistas que frequentam cachoeira em área da Vale S/A, no complexo de extração de minério de ferro Mina Jangada, em Brumadinho, motivou “acionar” o “nível 1 de emergência” na Barragem Capim Branco. A estrutura acumula “sedimentos”. A mineração fica à montante, quase na crista da serra, conurbada à Mina Córrego do Feijão.
Na terça (01/10), ao apresentar novo relatório para suas barragens de rejeito de minério de ferro monitoradas, desde janeiro, em Minas Gerais, a Vale informou a medida adotada para Capim Branco. A barragem, segundo a mineradora, “recebeu DCE (Declaração de Condição de Estabilidade) negativa nesse semestre, por conta de reavaliação das informações dessa estrutura. Será acionado o nível 1 de emergência desta barragem, sem a necessidade de evacuação da ZAS (Zona de Autossalvamento)”.
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Preocupação com a segurança é relativa
A queda d’água em questão, conhecida por Cachoeira Jangada, no Ribeirão Casa Branca, fica cerca de 400 metros à jusante (abaixo) da barragem Capim Branco. Entre a cabeceira da barragem e o local preferido pelos banhistas, o terreno apresenta topografia com declive bem acentuado. Essa foi uma das motivações do procedimento da Vale, revelou ao ALÉM DO FATO uma autoridade pública, da administração ambiental do Governo de Minas Gerais. A fonte integrou a força-tarefa criada junto à Defesa Civil do Estado nos primeiros dias após a tragédia na Mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro.
“Não há menor dúvida, quero acredita. Principalmente com a chegada das chuvas”. Reagiu a fonte ao ser indagada se a ” reavaliação das informações dessa estrutura “, informada pela Vale, para Barragem Capim Branco, seria suficiente para interdição da área da cachoeira aos banhistas. Portanto, completou, “caber ação conjunta das autoridades” de Segurança Pública (Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil) e a da Prefeitura de Brumadinho.
Aquela cachoeira recebe banhistas de diversas partes vizinhas a Brumadinho, até de Belo Horizonte. Os frequentadores deixam seus veículos (carros passeios e até micro-ônibus) na estrada, bem próximo à portaria da Mina Jangada. Eles acessam cruzando por um ponto onde a cerca é frequentemente arrombada, após os reparos da Vale. Os banhistas percorrem a pé e de motos por mais de 1 km. É comum as pessoas acamparem junto à cachoeira. A Vale não faz uso de vigilância repressiva no local, que está em área rural e com vários locais de fácil acesso.
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