A Localiza a Renta Car (Localiza) alegou não ter elementos próprios para explicar à B3 Brasil. Bolsa. Balcão) as “oscilações atípicas” de altas e baixas com suas ações no pregão. A contar de 28 de março até ontem (11/04), em três pregões, o giro diário foi acima de R$ 500 milhões. Mas, em dois muito acima: R$ 864,1 milhões (30/03) e R$ 918,2 milhões (ontem).
No somatório do período, dez pregões, a Bolsa registrou R$ 4,606 bilhões nos negócios com os papéis da Localiza. O pregão mais baixo, em valor, foi na segunda (10/04), com R$ 202,3 milhões.
A resposta, nesta quarta (12/04), da Localiza foi o mesmo que enxugar gelo. A companhia jogou com fatores do noticiário da macroeconomia da cesta da propaganda do Governo Lula. Mas, com destaque, sem citar nomes, ao embate pessoal do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Os dois divergem na política da taxa básica de juros, a Selic.
Localiza aponta efeito arcabouço; ainda no papel
A Localiza, entretanto, não abriu mão do rito comum nas companhias abertas sempre que são questionadas pela Bolsa ou Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Informou, portanto, desconhecer “fato ou ato relevante” em suas operações de negócios que justificassem as “oscilações atípicas” com suas ações.
Mas, em seguida, jogou com os panos do Palácio do Planalto: “A Companhia destaca que a volatilidade dos preços, quantidades e volumes de negociação das ações ordinárias de sua emissão tem se comportado em linha com as oscilações do mercado, acompanhando a tendência do Ibovespa que foi impulsionado por fatores positivos como queda da inflação, levando a expectativas de corte de juros, notícias sobre o arcabouço fiscal e queda do dólar” (sic).
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