Mesmo com queda nas vendas no trimestre, no Brasil e mundo, afetadas pela crise da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Alpargatas S.A. manteve postura cidadã. Via Instituto Alpargatas, a empresa abriu frente de ações no Brasil, que somaram R$ 10 milhões em doações de material para contenção da Covid-19.
Maior fabricante de sandálias de três tiras do planeta, a companhia registrou redução nominal de 8,8% na receita líquida frente mesmo período de 2019, ficando em R$ 747 milhões. O lucro, conforme comunicado desta quarta (06/05) à Bolsa de Valores, foi menor 46,44%, variou de R$ 43,4 milhões (2019) para R$ 23,2 milhões. A Alpargatas é empresa com ações listadas na Bolsa de Valores.
Alpargatas doa máscaras e calçados
A Alpargatas informa que produzirá 1 milhão de máscaras para os serviços públicos da Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas, para essa produção recebeu doações de matérias-primas da Braskem, Fitesa e Global Fit. Além disso, fabricará 18 mil pares de calçados EPI para profissionais de saúde que seguirão para o Governo de São Paulo.
Com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), apoiou da produção de álcool em gel: doação de 52 bombonas (transporte de álcool de usinas) e 2.400 recipientes spry de 100 ml. O álcool foi destinado à comunidades e escolas. Além disso, entregou à UFPB equivalente a R$ 100 mil em insumos e equipamentos para a fabricação de kits de diagnóstico do coronavírus. Assim, a universidade passará a fazer coleta e análise, locais, de 60 testes/dia.
Compromisso: dobrar doações
O Instituto Alpargatas (institutoalpargatas.com.br) criou um fundo para receber doações de pessoas físicas e empresas. E fará contrapartidas. A Alpargatas se compromete, a cada R$ 15 recebidos, entregar kit essencial às famílias de comunidades vulneráveis: produtos de higiene pessoal, limpeza, alimento e 1 par de Havaianas. “Nos comprometemos a dobrar todas as doações que o fundo receber”, diz a nota da Diretoria da Alpargatas ao mercado financeiro.
Na Espanha, a Alpargatas doou 100 mil euros para o maior hospital público do país, o Gregório Manañón.
Vendas on-line saltam 74%
Na parte do relatório que intitulou “Alpargatas e Novo Normal”, para situar a crise econômica, a companhia registra o incremento nas vendas on-line. Em volume a alta foi de 29% e, em receita líquida, de 47% no período janeiro-março. Porém, apenas em março, aumentos de 45% e 74% respectivamente. Melhor desempenho foi com a marca Havaianas.
Alpargatas na Ásia
Alpargatas detalha que os negócios nos mercados EMEIA (Europa, Oriente Médio, Índia & Ásia) e APAC (Ásia e Pacífico) entraram em regime home office na passagem de janeiro para fevereiro. No mercado APAC, a receita líquida, em dólar, teve expansão de 46%, enquanto no EMEIA, na moeda local, queda de 29%.
Nas Américas, os negócios tiveram quedas de 11,5%, em dólar na América do Norte e Caribe, e, na América Latina (LATAM), de 45,6%. Na LATAM, maior reflexo em lojas nos aeroportos e Colômbia. Mas, a empresa pontua o fechamento de lojas da região, na segunda quinzena de março.
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É importante as ajudas socíais, doações, exemplos de se doar todo os resultados de vendas de itens, tais como mascaras respiratórias, em especial as de tecido. Dar remuneração adequada aos colaboradores em tais produções. Mas também pode se fazer outras coisas por exemplo se “importar” máquina para produção de mascara, epi, a exemplo da m95 e ou mais eficiente, no momento seriam bem aceitas para doação, a posterior como epi para os colaboradores em uso regular continuado. Existem sim custos,ai o ruim é o danoso, até mesmo em se ter remuneração nesse momento com tal tipo de item mesmo sendo de pano. Existem modelos no mercado internacional, para uma duas centenas de milhares de unidades dia….Coisas para se discutir e acordar, a mobilização e solidariedade pede ações… faz parte no momento.