Os investidores reagiram favoravelmente, nesta quarta (10/07), ao comunicado de véspera da holding Americanas S.A. (Grupo Americanas). Em recuperação judicial, a companhia obteve subscrição de 9.446.922.196 das 21.886.737.345 ações ordinárias emitidas para o aumento de capital.
Apesar de a subscrição ter ficado em 43,2% do total ofertado, conforme documento à Bolsa de Valores B3, a captação será de R$ 12,280 bilhões (R$ 12.280.998.854,80). O valor, portanto, está acima do “montante da subscrição mínima”, salienta a nota.
No próximo dia 25, o Conselho de Administração homologará do aumento. Essa operação é parte essencial no plano de recuperação judicial (PRJ), aprovado pelos credores e aceito pela Justiça. O plano só foi viabilizado no momento em que os bancos BTG Pactual e Itaú garantiram apoio acima dos 50%.
Mesmo com a cotação na casa dos centavos (R$ 0,76), ao final do pregão de hoje, as ações da Americanas registraram alta de 10,14%. Os papéis movimentaram R$ 91,96 milhões.
O Conselho de Administração e Defesa Econômica (Cade) aprovou a subscrição das ações das novas ações. O anúncio da decisão do Conselho turbinou a alta de 38% na cotação dos papéis da varejista no fechamento da B3 na terça.
Entretanto, a contar de ontem (09/07), será cumprido prazo de 15 dias para que o Tribunal do Cade, se for o caso, apresente contestação. A função do Conselho é a de fiscalizar se há ilícitos de concorrência dentro da recuperação judicial.
Americanas deve informações desde o 4T23
A Americanas, em recuperação judicial desde janeiro de 2023, está inadimplente com as informações de resultados financeiros dos últimos três trimestres, além do balanço anual fechado em dezembro.
No balancete do 9M23 a empresa apresentou receitas de vendas de R$ 10,293 bilhões, queda de 45,1% frente ao mesmo período de 2022. O prejuízo líquido de R$ 4,611 bilhões, entretanto, ficou menor 33,5%%.
O patrimônio líquido negativo passou de R$ 26,667 bilhões, em 31 de dezembro de 2022, para R$ 31,185 bilhões, em setembro, ou seja, expansão de 16,94%.
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