Câmara de BH rejeita apoio e reprova atuação de Bolsonaro na pandemia Câmara de BH rejeita apoio e reprova atuação de Bolsonaro na pandemia

Câmara de BH rejeita apoio e reprova atuação de Bolsonaro na pandemia

  • por | publicado: 07/07/2020 - 19:21 | atualizado: 08/07/2020 - 00:06

Câmara de BH debate governo Bolsonaro, foto Abraão Bruck/CMBH

Por 16 votos contra, apenas oito favoráveis e quatro abstenções, de um total de 41 vereadores, a Câmara de BH rejeitou moção de aplausos ao presidente Bolsonaro por sua “atuação exemplar” no combate à pandemia. Autor da iniciativa, o vereador Jair Gregório (PSD) ameaçou os vereadores que se diziam bolsonaristas, mas votaram contra ou se abstiveram, afirmando que iria denunciá-los ao presidente.

“Ele virá a Belo Horizonte e eu estarei na comitiva dele e vou apontar um por um dos que votaram contra”, reagiu ele após a derrota. Pedro Patrus (PT) pediu que Gregório pacificasse o próprio espírito.

Vexame

Como prevíamos aqui, esse tipo de votação oferecia dois tipos de vexames: o primeiro de expor o presidente a uma derrota, agravando sua fragilidade política. O segundo, para Belo Horizonte por apoiar um governante que, além de se omitir na pandemia, tem dezenas de pedidos de impeachment contra ele. Prevaleceu o primeiro vexame.

Sem fake News

Alguns leitores têm recorrido a um fake News difundido pelo próprio Bolsonaro e seguidores a respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre as ações de combate à pandemia. Alegam eles que o presidente estaria impedido pelo Supremo de adotar decisões e que a responsabilidade seria de estados e municípios. Fake News, Fake News. 

Em nenhum momento, o STF assim decidiu. Sentenciou que o governo federal não pode revogar decisões de estados e municípios, que, desde a chegada da pandemia, têm tomado importantes medidas. Claro, não por conta própria, mas seguindo as orientações dadas por quem de direito e de fato. Quais sejam, a ciência, as autoridades sanitárias, médicos e dois ministros (médicos) que o próprio Bolsonaro demitiu para colocar um militar paraquedista no lugar.

O Supremo disse mais que caberia a ele (presidente) coordenar as ações em nível nacional junto a estados e municípios e não contra eles. Exemplo recente, Bolsonaro vetou uso obrigatório de máscaras no comércio, templos e presídios, mas a aplicação, na ponta, depende dos municípios e estados, reafirmando a autonomia contra decisões descabidas.

Para quem tiver tempo e interesse, segue link da manifestação do procurador-geral da República, Augusto Aras (indicado por Bolsonaro ao cargo), reforçando a decisão do STF.

LEIA MAIS: Na presidência, Nely diz que não pode censurar moção a Bolsonaro

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Marcos

Mais um pastor picareta defensor do bozo Nero.