Cimatec desenvolve “bife” de boi em impressora 3D - Além do Fato Cimatec desenvolve “bife” de boi em impressora 3D - Além do Fato

Cimatec desenvolve “bife” de boi em impressora 3D

  • por | publicado: 06/09/2022 - 13:05 | atualizado: 08/09/2022 - 14:35

O "bife" de 3D do Cimatec poderá chegar ao mercado em 2027 - Crédito: Agência Nacional da Indústria/CNI

O Brasil, a partir de laboratórios do Senai Cimatec, chegou lá. O “bife”, portanto, não veio direto do corte da carne do boi. O produto saiu de laboratórios, de impressora 3D (reprodução em três dimensões, via tecnologias de sobreposição de camadas). A carne foi desenvolvida, a exemplo de outros centros de pesquisas pelo mundo, a partir de células tronco de bovinos. O cultivo das proteínas se deu em combinação com biomateriais comestíveis.

Entretanto, ainda resta o mais importante: adicionar o sabor da carne que o consumidor está habituado a sentir. Mas, isso não parece difícil para os pesquisadores envolvidos.

O produto, desenvolvido pelo Centro Universitário Senai Cimatec (Senai Cimatec), de Salvador (BA), entretanto, só deverá aparecer nas gôndolas do varejo por volta 2027. Até lá, portanto, pesquisadores terão de superar várias etapas. Estre estas, por exemplo, a do vasto cardápio das etapas de segurança alimentar junto aos órgãos públicos, principalmente da Saúde e Vigilância Sanitária.

Até chegar ao “bife”, noticiado dia 30/08 pela Agência de Notícias da Indústria, a equipe de 15 pesquisadores cruzou etapas por seis meses. Os trabalhos foram desenvolvidos em laboratórios do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas e do Instituto Senai de Sistemas Avançados de Saúde.

Cimatec perseguirá o sabor de picanha

A coordenadora do programa de mestrado em Gestão e Tecnologia Industrial do Senai Cimatec, pesquisadora Josina Dantas, assegura que o “bife” de 3D apresenta textura e aparência da carne natural. E que “tem a missão de ser tão saboroso quanto uma peça de picanha”, transcreveu a Agência da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em trecho da entrevista com a pesquisadora.

Entre os diversos ganhos apresentados pelo pessoal do Senai Cimatec, estão:

– alternativa à carne que chega do pasto;

– surgimento de “fazendas do futuro”

– redução significativa de destruição de áreas verdes para abertura de fazendas de engorda de bois;

– redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE);

Os detalhes para se chegar ao “bife” de boi 3D brasileiro estão na íntegra da notícia da Agência da CNI. Acesse AQUI.

Boi no pasto respondem por 90% da destruição

Ao noticiar, nesta terça (06/09), a pesquisa, o portal do Yahoo destacou, por exemplo, a questão do desmatamento pelo agribusiness no Brasil: “Atualmente a indústria agropecuária é responsável por cerca de 90% da perda da vegetação natural do Brasil, atraindo muitas críticas da sociedade civil, que busca mudar isso”. Leia AQUI.

Inovações do Cimatec interessam ao Exército

O Senai Cimatec é uma referência em níveis técnicos nos Ensinos Médio e Superior. Por isso, entre as diversas parcerias está o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT), do Comando do Exército. Saiba mais, então, sobre os interesses do Exército na reportagem do link:

Exército chega ao Senai; acesa luz amarela de Bolsonaro

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments