Crown Embalagens avança projeto com MG; R$ 650 mi - Além do Fato Crown Embalagens avança projeto com MG; R$ 650 mi - Além do Fato

Crown Embalagens avança projeto com MG; R$ 650 mi

  • por | publicado: 09/04/2021 - 19:12

Fábrica da Crown Embalagens em Cabreúva (SP) - Foto: Divulgação

O setor de embalagens de alumínio para bebidas poderá investir R$ 2 bilhões no triênio 2020-2022. A Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) identificou pressão de demanda. A origem disso é a expansão no consumo de alimentos e bebidas na pandemia do novo coronavírus (Covi-19). Minas Gerais bateu na porta desse filão. Mas, precisa, ainda, convencer a multinacional norte-americana Crown Embalagens Metálicas da Amazônia S.A. que cumprirá acordos.

O Governo de Minas publicou, nesta sexta (09/04), termo de “Protocolo de Intenções – Nº 05/2021”, com a Crown Embalagens, para instalar fábrica de latas e tampas em Uberaba, no Triângulo Mineiro.

A possibilidade da chegada daquela empresa a Minas não é, todavia, fato novo. É, portanto, noticiada com frequência desde o final de 2020. O projeto, para uma planta de 2,4 bilhões anuais de latas, é de R$ 650 milhões.

A Crow Embalagens é multinacional com base do capital principal nos Estados Unidos. Mas subordinada a um pool de sócios e investidores como Crown Cork & Seal Co.Inc., Foreign Manafacturers Fiance Corp e Crown America LLC.

A filial brasileira, porém, tem razão social tropicalizada: Crown Brasil Holding Ltda, e nome fantasia Crown Holdings. Aqui, porém, formou joint venture com a Évora S.A. Esta, por sua vez, é do setor de embalagens, fibras e filamentos para não tecidos e reflorestamento (silvicultura). A multinacional opera seis fábricas no país:

  • Cabreúva (SP);
  • Estância (SE);
  • Manaus (AM);
  • Ponta Grossa (PR);
  • Rio Verde (GO);
  • Teresina (PI).

A capacidade instalada, até então, do Grupo Crown em solo brasileiro é para 10,9 bilhões de latas/ano. Em Uberaba, o prazo de execução do projeto seria de 18 meses.

Itens de produtos da Crown Embalagens – Foto: Divulgação

Crown valoriza presença no Brasil

O presidente da Crown Embalagens e Crown Américas, Djalma Novaes, em entrevista à Revista Alumínio, em janeiro, definiu assim os investimentos do grupo: “O Brasil é um mercado importante para nós. Esta expansão ajudará a atender à crescente demanda no país por latas de bebidas e demonstra o compromisso contínuo de crescer com os nossos clientes”.

O CEO, porém, não assinou o termo com o Governo de Minas (Secretarias da Fazenda e Desenvolvimento Econômico e governador Romeu Zema). Rubricaram os diretores Wilmar Arinelli Junior e Eduardo Teixeira Pacheco Da Silva.

No final de 2020, a norte-americana confirmou a expansão da unidade de Rio Verde. A segunda linha, então, duplicará a produção para 2 bilhões de latas/ano. Mas, o investimento será menor: R$ 300 milhões e geração de mais 50 empregos diretos.

Intermediação do Grupo Petrópolis

Se confirmada execução do projeto, o Grupo Petrópolis, engarrafador da cerveja Itaipava, festejará também. A marca instalou no município, em 2020, sua maior fábrica. E foi, portanto, o principal intermediário da Crown Embalagens com a administração local.

O presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, participou das negociações, em 2020. Além disso, no momento, expande a planta. Investe, desde agosto, R$ 135 milhões na 5ª linha.

Pacote de vantagens oferecidas

Na época da negociação com a Crown Embalagens, além de terreno (200 mil m2), a administração municipal teria assegurado um pacote de vantagens. Por exemplo: isenções de ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN) durante a execução do projeto e entrega de infraestrutura para recebimento de energia elétrica. Essas garantias, todavia, foram da administração anterior.

A fábrica, em contrapartida, ofertaria, no start up, 100 empregos diretos para mão de obra local.

Os projetos da Crown Embalagens e concorrentes aumentarão, portanto, demandas por alumínio. Por consequência, então, chegarão nas minas de bauxita. Isso, assim, será boa notícia na produção de alumínio primário.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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