“Greve sanitária” em São Paulo e apelo por lockdown

  • por | publicado: 08/04/2021 - 15:02

Manifestantes se agruparam em frente à Rodoviária de Ribeirão Pires março 2021 – Foto: Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC).

Rodoviários e metroviários paulistanos marcaram greves para o dia 20/04. Há, portanto, o risco de paralisação total no transporte público coletivo na maior cidade do Brasil. Depois dos motoristas de ônibus, os metroviários (linhas pública e privada) de São Paulo aprovaram, na quarta (07/04), “greve sanitária”. Exigem, portanto, vacinação contra Covid-19.

Os metroviários decidiram, porém, realizar a greve será em mesmo dia da convocada por rodoviários.

Os rodoviários executaram, porém, várias manifestações nesse sentido. Em março, por exemplo, foram muitos movimentos nas Regiões Metropolitana de São Paulo e do ABC. Reveja AQUI.

O Sindicato dos Metroviários pede “lockdown, com fechamento das atividades, para conter o vírus”, informou o site especializado Diário do Transporte. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/Governo Federal) apontou no censo de 2010 (último) que a população de São Paulo era de 11.253.503 pessoas. Mas passou para 12.325.232 na estimativa de 2020.

Os dirigentes das empresas de ônibus alertaram, há um ano, o Governo federal para o risco de colapso do setor. Seria, portanto, consequência da crise da Covid-19. Relembre AQUI.

Mortes de metroviários

Os metroviários e rodoviários urbanos exigem do Governo de São Paulo a imunização conforme o cronograma do Plano de Emergência encaminhado. O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo, acusa, portanto, o Governo Doria de ter ignorado as sugestões apresentadas.

Fajardo, declarou, anteriormente, que havia registros de 20 óbitos para Covid-19 na categoria. Isso, porém, entre profissionais ativos e aposentados apenas linhas públicas. Mas que, nos ramais públicos e concessionados (privados), mais de 1,6 mil testaram positivo para a doença.

Federação convocou greve

A Federação Nacional dos Metroviários convocou, no começo do mês, as Centrais Sindicais e sindicatos para a organização da greve. A entidade previa a adesão dos ferroviários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Os metroviários votaram a greve em assembleia. O movimento dos rodoviários, porém, partiu de reunião de representantes do Sindmotoristas e outros sindicatos, no dia 01/04. O Sindicato dos Metroviários programou, além disso, manifestação de luto pelas vítimas da Covid-19, para o dia 16/04. A categoria, então, vestirá roupas na cor preta.

715 mil rodoviários e metroviários

O Ministério da Saúde calculou, em março, que 715,5 mil profissionais dos serviços de transporte coletivo de passageiros seriam vacinados dentro das camadas “prioritárias”. A população prioritária era de 77,2 milhões de pessoas.

Os rodoviários de ônibus e vans, seriam 678,2 mil. Os metroviários e ferroviários, por sua vez, 73,5 mil. Todavia, ocupavam 20ª e 21ª, respectivamente, entre as 27 posições. Relembre AQUI.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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