A exemplo da Vale S/A e Companhia Energética de Minas Gerais S/A, grandes grupos econômicos fazem captações de recursos com debêntures de prazos de resgates mais dilatados. Isso, claro, indica nova postura por conta da recessão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Controladoras da Aliança Geração de Energia S.A., Vale (55%) e Cemig Geração e Transmissão (45%) aprovaram, em AGE, a nova emissão de debêntures, para captação R$ 220 milhões. O dinheiro ira para investimentos no parque eólico de Icapuí (CE).
A Aliança colocará sua 4ª emissão de debêntures com data de 15/08 (domingo). Serão 220 mil debêntures simples (não conversíveis em ações), com “esforços restritos”, mas sem garantias. Portanto, os papéis vencerão em 15 de agosto de 2035. A companhia foi fundada em 2015, com sede em Belo Horizonte,
Vale e Cemig GT definiram que os recursos captados serão “utilizados exclusivamente para o financiamento e reembolso de gastos e/ou despesas, direta ou indiretamente, relacionados ao Projeto Gravier”. Trata-se, portanto, de novo parque geração eólica da Aliança, em Icapuí (CE). Terá 17 aerogeradores e potência instalada de 71,4 megawatts (MW). A previsão é que o projeto, de R$ 294 milhões (julho/2020), seja concluído em janeiro de 2022.
Capacidade para 1.257 MW
A Aliança possui capacidade instalada para gerar de 1.257 MW, distribuídos por sete usinas hidrelétricas e uma eólica. Os planos da companhia são atingir a 1.600 MW, até 2023, conforme informações do site.
Na geração eólica, a Aliança opera o Complexo Eólico Santo Inácio (98,70 MW), também em Icapuí. Além desse ativo, executa os projetos Gravier e Acauã, de 109,20 MW. Acauã fica em vários municípios do Rio Grande do Norte. A matriz hidrelétrica, composta por sete UHE, está em Minas Gerais.
Aliança fatura acima de R$ 1 bi
Em 2020, a Aliança registrou lucro líquido de R$ 254,3 milhões, para receita operacional líquida de R$ 1,042 bilhão. A dívida líquida estava em R$ 239 milhões. Empregava, de forma direta, pouco mais de 130 pessoas. Indiretamente, outras 400, conforme Relatório Anual.
A Cemig GT, além da Aliança, participa de outros parque eólicos via Renova Energia. Mas, está saindo da geração em parcerias de PCHs.
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