Os leitores deste site ALÉM DO FATO, e do Portal UAI ficaram sabendo primeiro, no dia 12 de fevereiro, há exatos 30 dias, que o secretário de Romeu Zema, Bilac Pinto (de Governo), estava perdendo o cargo. O anúncio oficial da queda de Bilac foi feito nesta quarta (11). Naquela data, de fevereiro, registramos aqui as dificuldades continuadas na articulação política que levaram o governador a pensar em nova mudança na área.
Há sete meses, Zema havia trocado o então secretário de Governo, Custódio Mattos (PSDB), por Bilac Pinto (DEM), para melhorar interlocução política. Se era ruim com o Legislativo, piorou e atingiu também o Judiciário. Com o fracasso de Bilac, o governador o substituiu pelo secretário-geral, Igor Eto, que tentará reconstruir a base de apoio de Zema na Assembleia Legislativa. Igor contará com o apoio do vereador Mateus Simões (Novo), que irá substitui-lo na Secretaria-Geral. O governo abriu este ano perdendo seis deputados de sua base que caiu de 22 para 16 deputados fiéis.
Demissão associada ao frustrado reajuste de policiais
A decisão de Zema pela demissão esteve associada ao desfecho do frustrado reajuste salarial para os policiais mineiros, de 41,7% ao custo de R$ 9 bilhões. A negociação foi conduzida por Bilac durante seis meses. Após apresentar proposta, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa, o governador vetou parcialmente o projeto nessa quarta (11). Em vez de 41,7%, concedeu apenas 13%. Além desse desacerto, o governo perdeu a governabilidade entre os deputados estaduais por conta da condução errática de Bilac. Agora, Zema irá recorrer à boa vontade de Igor Eto, apesar de inexperiente, para tentar resolver o problema de interlocução do governo com os deputados estaduais.
Veja aqui a notícia publicada em 12 de fevereiro.
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