CDL/BH cobra juro zero de bancos em campanha nacional contra quebradeira CDL/BH cobra juro zero de bancos em campanha nacional contra quebradeira

CDL/BH cobra juro zero de bancos em campanha nacional contra quebradeira

Presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, faz campanha contra o coronavírus, foto Leonardo Vinicius Mello Cunha/CDL

Em gesto inédito, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH) inicia, nesta terça (7), campanha nacional para cobrar dos bancos por empréstimos a juro zero em socorro às empresas. O objetivo, segundo o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, é salvar a economia nesse momento de pandemia do coronavírus. A crise sanitária impõe o isolamento social e o fechamento do comércio. Na avaliação dele, para que não quebrem e mantenham os empregos, as empresas vão precisar de recursos e empréstimos.

A campanha fará, em mídia nacional, apelo por política de juros zero. “Isso não é caridade, é política econômica de reparação”, diz a peça publicitária. Acrescenta ainda que os bancos lucraram mais de R$ 100 bilhões em 2019.

“É hora do juro zero”, diz entidade

Diante disso, Marcelo de Souza e Silva afirmou que os bancos têm o compromisso de renunciar aos exorbitantes lucros para salvar a economia e a vida das pessoas. “É hora de juro zero para o comércio não quebrar, o emprego não acabar e a vida continuar. Os bancos e agentes financeiros também precisam rever seus métodos e reduzir a zero a taxa de juros no período de crise”, disse o dirigente.

Entidade apoia medidas da OMS

Ao contrário de alguns segmentos e do próprio presidente Bolsonaro, o presidente da CDL/BH não defende, neste momento, o afrouxamento das regras que fecharam o comércio. Sua posição acompanha a da maioria dos belo-horizontinos que apoia o fechamento do comércio e o isolamento social. As orientações são da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com pesquisa da CDL/ Instituto Quaest, 65% são a favor dos cuidados com a doença e outros 35%, priorizam mais a economia.

Na mesma pesquisa, após ouvir 600 pessoas, entre os dias 28 e 31 de março, os mineiros da capital se mostraram pessimistas com as consequências na economia após a epidemia. Pelo levantamento, caiu de 57% para 13% em menos de um mês aqueles que acham que a capacidade financeira para consumo irá melhorar nos próximos seis meses.

“O resultado da pesquisa é alarmante e reforça a necessidade de o governo federal dar um socorro mais efetivo e célere à população que já sofre com os efeitos da crise”, disse o presidente da CDL/BH.

Zema é pressionado a não recuar nas regras de combate ao coronavírus

Veja aqui o vídeo da CDL/BH

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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