Primeira mulher na AMMP prega coragem e rejeita ingerência no MP Primeira mulher na AMMP prega coragem e rejeita ingerência no MP

Primeira mulher na AMMP prega coragem e rejeita ingerência no MP

  • por | publicado: 04/02/2022 - 16:30 | atualizado: 15/02/2022 - 09:01

Larissa Amaral discursa durante posse na sede da Associação em cerimônia prestigiada, foto Joice Brito/AMMP

Pela primeira vez em 68 anos de história, a Associação Mineira do Ministério Público (AMMP) será presidida por uma mulher, a promotora de Justiça, Larissa Rodrigues Amaral. A posse da nova diretoria ao próximo biênio (2022/2024) foi realizada nessa quinta (3) na sede da Associação, em Belo Horizonte. Em seu discurso, reconheceu, com orgulho, esse desafio, que, junto de outras quatro promotoras – o maior número de mulheres na gestão- prometeu continuar abrindo trilhas a outras.

Por essa razão, talvez, repetiu sete vezes a palavra ‘coragem’ na frequência do que já disse o escritor Guimarães Rosa: “o que vida pede da gente é coragem”. Descreveu: “Coragem para não desviar dos valores éticos e íntegros; coragem para aplacar nossos medos e desejos, a libertar a nós mesmos desses medes e desejos”. E mais, coragem para assumir riscos e defender o que é certo e o que é justo. “Coragem para desapegar e ficar livres das correntes inconscientes… e coragem para enxergar que somos apenas passageiros nessa viagem da vida”.

Ataques à instituição

Reafirmou o compromisso com a autonomia funcional, financeira e administrativa do Ministério Público. “A moldura de permanência e independência do Ministério Público são fundamentais para que as funções institucionais constitucionalmente previstas possam ser cumpridas livres de qualquer tipo de ingerência”, advertiu.

De acordo com Larissa Amaral, a instituição vem sendo sofrendo diversos ataques e campanhas de enfraquecimento em desfavor da sociedade e da cidadania. “Ademais, em decorrência da alta velocidade da propagação de informações por meio dos novos meios de comunicação social, percebe-se a intolerância com o diferente, discussões ideológicas, verdades inabaláveis e radicalismo que em nada contribuem com a democracia”, pontuou.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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