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Marinha segue Anvisa, não o negacionismo de Bolsonaro

  • por | publicado: 13/12/2021 - 12:32 | atualizado: 15/12/2021 - 12:57

Vice-Chefe do Estado-Maior da Marinha, vice-almirante Horta Arentz, determina rigor na fiscalização de navio militar de fora -Crédito: Marinha/Divulgação

O Comando da Marinha não segue a postura negacionista do comandante-em-chefe das Forças Aramadas, o presidente Jair Bolsonaro. A Marinha, portanto, nos despachos, determina prevenção contra pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O chefe do Planalto, por sua vez, mantém atitudes assumidas desde março de 2020. Ontem (12/12), por exemplo, na Bahia, fez nova pregação pela não vacinação e de incentivo às aglomerações.

O vice-chefe do Estado-Maior da Armada, vice-almirante Carlos Eduardo Horta Arentz, no Despacho MB Nº 11A, de 07/12, deixa muito clara a observância às recomendações preventivas da Organização Mundial da Saúde (OMS/ONU) e autoridades sanitárias brasileiras. Ao autorizar, então, o atracamento, em fevereiro de 2022 do veleiro “BAP Unión”, da Marinha de Guerra do Peru, em portos de Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ), o oficial superior foi incisivo. “Por oportuno, no que diz respeito ao desembarque da tripulação e convívio social, esses estarão sujeitos às normas sanitárias locais vigentes em conformidade com as condições epidemiológicas na ocasião da visita”.

Violência contra imprensa se repete

Seguranças e militantes do presidente, mais uma vez, repetiram ontem (12/12) atitudes de violência contra imprensa. Desta vez, agressões à equipe de jornalismo de afiliada à TV Globo. A emissora, portanto, tem sido maior alvo dessas agressões. Além disso, os seguidores de Bolsonaro preferem agredir jornalistas mulheres. Ou seja, dão sequências às atitudes verbais do presidente.

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Diretor-presidente da Anvisa, médico Barros Torres, também é alto oficial da Marinha – Crédito: Reprodução/TV Senado

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um contra-almirante da Marinha, o médico Antônio Barra Torres. Ele tomou posse, em 04/11/2020. Entretanto, desde o final de 2019 estava como interino. Mas, apesar de militar, Barra Torres, virou um estorvo para Bolsonaro à frente da Agência. São inúmeras posições contrárias ao presidente, como, por exemplo, a exigência do passaporte vacinal.

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O presidente da Anvisa tem mandato até 21/12/2024., portanto, ultrapassará a temporada do atual Governo. O oficial ingressou na Marinha em 1987. Em 2015, foi promovido a vice-almirante, ou seja, à terceira maior patente na Marinha.

Experiência civil e na Marinha

Barra Torre é formado em medicina pela Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, do Rio, com residência em cirurgia vascular no Hospital Naval Marcílio Dias. Na atividade civil, atuou como instrutor na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ). Como médico militar, dirigiu o Centro de Perícias Médicas da Marinha e do Centro Médico Assistencial da Marinha.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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