O Brasil pretende deixar filiação a organismos multilaterais nos quais acumula dívidas. Motivo: falta de dinheiro. Em alguns casos, entretanto, a motivação pela saída estaria na ausência de retorno. A proposta é do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O Itamaraty, entretanto, alerta que uma debandada generalizada pode deixar o Brasil sem votos em organismos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mandou FMI embora
A notícia é da FolhaPress, desta segunda (27/12), cita acúmulo de dívidas do país com saldo, em novembro, era de R$ 8,8 bilhões – US$ 1,546 bilhão no câmbio desta manhã. Entre casos concretos na linha de Paulo Guedes, está o Fundo Monetário Internacional (FMI). Por solicitação do Governo, o FMI encerrou o escritório que mantinha no país.
Veja AQUI matéria completa da FolhaPress.
Em fevereiro, o Brasil tinha débito de R$ 500 milhões junto à Organização Mundial da Saúde (OMS/ONU) e à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Ou seja, com instituições importantes no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Dívidas e pouco com retorno
Nas avaliações do Ministério da Economia, o país teria inexpressivo retorno das agências de fomento da América Latina. A Corporação Andina de Fomento (CAF), porém, seria uma das exceções. Mas, em contrapartida, seriam desprezíveis presenças em fundos no Mercosul e da Bacia do Prata.
O Governo Bolsonaro, todavia, não segue critérios técnicos no trato nos gastos do orçamento. Além disso, com frequência despreza segmentos nos quais a manutenção (e/ou adicionais) dos recursos é emergencial. Esse comportamento, entre outros fatores, pesa negativamente na qualidade dos empenhos das verbas públicas no país.
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