Fim do home office com vacina; Bradesco teve de readmitir

  • por | publicado: 17/09/2021 - 05:47

Imagem ilustrativa de escritório da Amaro Ltda, de São Paulo. A empresa faz vendas online de artigos da moda feminina, beleza e bem-estar - Foto: Amaro/Divulgação

Empresas do Brasil que iniciaram retorno presencial dos funcionários em home office são pressionadas a exigir cartão de vacina contra pandemia da Covid-19. A exigência parte dos empregados convocados ao retorno, conforme pesquisa do site Linkedin (voltado para profissionais), divulgada quinta (16/09). Esses empregados, em percentual de 90%, querem, então, que os colegas entreguem comprovação da imunização.

Linkedin, rede voltada para profissionais, sustenta que o comportamento do trabalhador brasileiro é o mais elevado. O Brasil supera, por exemplo, Espanha (71%) e México (86%).

Credibilidade na vacina é de 85%

O Linkedin destacou que, além daquela condição, 84% dos respondentes (1 mil pessoas) acreditam na eficácia da vacina contra a Covid-19. E mais: 85% se dispõem a questionar aos chefes se os colegas e outras pessoas de convivência diária estão, de fato, imunizadas.

O diretor-geral do Linkedim para América Latina, Milton Beck, disse que os trabalhadores do Brasil entendem que os protocolos de segurança são essenciais. “Com a pesquisa, fica evidente que os trabalhadores estão dispostos a voltar para o ambiente físico, mas precisam se sentir seguros para isso”, afirmou.

Bradesco demitiu estável no home office

Banco Bradesco reverteu demissão de funcionário com estabilidade da pré-aposentadoria e que trabalhava em casa. O banco, porém, só tornou o ato sem efeito após pressão da diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco. O funcionário está na empresa há 35 anos. A demissão foi “por telefone”, sustenta informação postada na terça (14/09) no Portal do Sindicato.

Agência Bradesco em São Paulo – Foto: Bradesco/Linkedin

O bancário em questão passou a trabalhar em casa por apresentar comorbidades e os riscos em ambiente da Covid-19.

O Sindicato relata que a dispensa foi em julho. O funcionário sempre atuou na área administrativa. No entanto, o Bradesco o transferiu para o setor Comercial, sendo obrigado a vender produtos financeiros. Entretanto, sem ter recebido qualquer tipo de treinamento. A nova função teria, porém, ocasionado problemas de saúde ao bancário.

O Sindicato relata, entretanto, que a dispensa foi consumada sem apresentação de motivos. Além disso, que a posse da carta da pré-aposentadoria, com protocolo do RH do Bradesco, assegurava a estabilidade. A entidade, então, entrou em ação. A medida foi revertida em quatro semanas, diz a nota dos bancários.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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