De forma institucional, algumas empresas incorporaram aos negócios itens que pegam carona na pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A Coteminas S.A., por exemplo, até alterou o estatuto social. Agora, portanto, no seu objeto social consta a “fabricação e distribuição de máscaras cirúrgicas descartáveis (com) tripla camada de TNT”.
TNT é sigla para “tecido não tecido”. Os fabricantes desses produtos se valem de uma literatura comum para definir a sua eficácia em produtos da indústria da medicina. Asseguram, por exemplo, que a aplicação de três camadas de TNT 100% polipropileno atuam na retenção de gotículas e bactérias.
A Coteminas incluiu ainda no objeto social a fabricação e distribuição de “aventais de TNT, toucas TNT, pro-pé TNT e produtos para medicina e odontologia”.
A empresa integra o Grupo Springs Global, cuja principal indústria é a Coteminas – Cia. de Tecidos Norte de Minas, uma das mais importantes do setor no país. O conglomerado informa ter 22 fábricas e ser um dos principais consumidores nacionais de algodão, absorvendo 20% da oferta. A sua gama de produtos inclui desde fios, tecidos, produtos têxteis de cama, mesa e banho, uniformes profissionais, brins até jeans.
Coteminas no vermelho
A Springs Global, além das fábricas Coteminas, no Brasil e Argentina, e da Santanense, controla as redes MMartan, Artex e Moyses.
Com ações do capital social listadas na Bolsa B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a Coteminas apurou, em 2019, receitas de R$ 1,865 bilhão – ligeiramente acima dos R$ 1,778 bilhão, em 2018. A empresa, contudo, apresentou prejuízo líquido de R$ 42 milhões, contra lucro de R$ 239 milhões, no exercício anterior. Seus ativos somavam R$ 4,309 bilhões e o patrimônio líquido era de R$ 1,789 bilhão.
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