Valor devido ou ‘Lei de Gérson’ contra Algar? - Além do Fato Valor devido ou ‘Lei de Gérson’ contra Algar? - Além do Fato

Valor devido ou ‘Lei de Gérson’ contra Algar?

  • por | publicado: 23/05/2024 - 23:58 | atualizado: 28/05/2024 - 13:46

Algar cometeu erro de capitalização. Impactou no balanço de 2023 - Crédito: Imagem do Relatório de 2021

Noticiário desfavorável à Algar Telecom S.A. dá conta que ela pode ser condenada em até R$ 1,5 bilhão. Mas, em comunicado à Bolsa de Valores B3, a operadora contesta. Na probabilidade de perda, o que não admite, ficaria em 0,1% do montante veiculado, ou seja, R$ 1,5 milhão.

A elástica distância entre os valores assusta.

O conteúdo do Estadão, sem citar nomes, menciona fontes da parte impetrante. E concluiu por um leque amargo contra a Algar. A empresa de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, teria, em caso de perda, de fazer cálculos para desembolso de R$ 670 milhões a R$ 1,5 bilhão.

A disputa em questão surgiu em 2009. A autora da ação, a Minas Mais Telecomunicações Ltda, teve contrato para link de dados interrompido. Isso no ano anterior. Com o contrato, a Minas Mais vislumbrava atender clientes em mercados de três cidades, em Minas Gerais.

A parte prejudicada, então, buscou, portanto, ressarcimentos na 34ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte.

“Por alguns fatores atribuídos à própria Minas Mais, o referido contrato foi cancelado”. Esse argumento da Algar está em comunicado ao mercado de capitas, na quarta (22/05). O diretor-presidente e de Relações com Investidores, Jean Carlos Borges, coloca em dúvida se a antiga cliente teria “capacidade de prestar serviços nessas cidades”.

Nos autos, pleito de R$ 204 milhões

A operadora do Grupo Algar acrescenta que, nos autos de “processo de liquidação”, a Minas Mais listou contra ela créditos de R$ 204 milhões. Ou seja, 13,6% do valor máximo da hipótese de ganho publicada.

O R$ 1,5 milhão, para eventual perda, a Algar extraiu de laudos (técnico e de engenharia) contratados a duas empresas de auditorias.

Algar capitalizou errado e alimentou o prejuízo

A Algar, se prevalecer a sua aposta, não deverá, porém, estourar balões. No mês passado, a companhia admitiu que errou ao capitalizar R$ 15 milhões. Isso foi parar o balanço anual de resultado financeiros de 2023.

Por conta do tropeço, a companhia teve “constituir provisão para perda” de R$ 73 milhões (pág. 04 do Relatório 2023). Todavia, o estrago engordou o prejuízo líquido, de R$ 152,7 milhões. No exercício anterior, a companhia exibiu boa performance no desempenho caixa livre.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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