O laboratório farmacêutico Biomm S.A., de Nova Lima (MG), não obteve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovação para sua vacina inalável marca “Convidecia” para combate à Covid-19. O comunicado (10/01) da companhia ao mercado acionista salienta, no entanto, que ainda cabe recurso ao indeferimento. A negativa da Anvisa está na Resolução Nº18, baixada em 05/01, mas publicada somente na segunda (09/01).
A resolução da Anvisa de negativa ao registro do produto do laboratório mineiro não fornece detalhes. É uma ficha padrão. Consta, portanto, que se trata de “vacina Covida-19 (Recombinante)” e “produto biológico – registro novo”. A decisão foi da área de Produtos Biológicos, Radiofármacos, Sangue, Tecidos, Células, Órgãos e Produtos de Terapias Avançadas.
Mas a Biomm tentará “reverter” a decisão da Anvisa. No comunicado à B3 (Brasil. Bolsa. Balcão), assinado pela Diretora Financeira e de Relações com Mercado, Mirna Santiago Vieira, não informa o prazo para o recurso.
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Economia de 80% na dose
O pedido da Biomm para a vacina “Convidecia Air foi submetido à Anvisa, já em caráter definitivo, no começo de dezembro de 2022. Na oportunidade, o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini, destacou, então, uma vantagem daquela vacina de reforço, em termos economia: utiliza equivalente a 20% da dose intramuscular aplicada pelo Sistema SUS.
Biomm investiu US$ 90 milhões
A biofarmacêutica mineira desenvolve a vacina em parceria com a CanSino – CanSino Biologics INC, da China. Os dois laboratórios apresentaram, em maio de 2022, pedido de registro para a vacina na versão injetável. As empresas firmaram parcerias em outubro de 2021.
Em mesma época do acordo com a chinesa, a Biomm anunciou a realização de investimentos da ordem de US$ 90 milhões em sua unidade biofarmacêtica.
Opera com prejuízo
Na conta de ativos, imobilizados e intangível, a Biomm apresentou R$ 214,385 milhões no balancete encerrado no 3T22. A BNDESPar – BNDES Participações, participa com 8,62% das ações do capital total da companhia.
O balanço consolidado dos 9M22, mostra que a receita de vendas do laboratório de Nova Lima caíram 6,8% nominais na comparação com mesmo período de 2021. Mas o resultado foi pior na conta de prejuízo líquido, com salto de 41,4%, fechando em R$70,269 milhões.
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