Falta de vacinação e suspensão de auxílio derrubam confiança do consumidor

Vacinação lenta ainda trava recuperação da economia, foto Tânia Rego, ABr

A ausência de uma política de vacinação eficaz contra o coronavírus e o fim do auxílio emergencial por parte do governo federal tem provocado queda de confiança dos consumidores. De acordo com a pesquisa “Indicador de Confiança”, essa desconfiança foi refletida no quarto trimestre de 2020. A sondagem foi realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), entre janeiro e fevereiro deste ano, com 297 entrevistados.

O indicador de confiança entre os consumidores da capital registrou 37,3 pontos nos meses de outubro, novembro e dezembro. Isso aponta queda de 0,8 pontos em relação ao trimestre anterior. “Essa queda está diretamente ligada à pandemia e aos seus efeitos no ambiente econômico. A taxa de desemprego elevada, a diminuição da renda com o fim do auxílio emergencial e a falta de perspectiva de vacinação para a maioria da população, especialmente, aquela que está ativa no mercado de trabalho, têm causado esse desalento na população”, analisou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Movimento ‘Unidos pela Vacina’

A entidade aderiu ao movimento ‘Unidos pela Vacina’, que tem o objetivo vacinar todos os brasileiros até setembro deste ano. O movimento foi lançado, no dia 10 de fevereiro, pela empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do grupo Magazine Luiza, e conta com a participação de outros empreendedores e de entidades nacionais. O objetivo é oferecer suporte às autoridades para ajudar a resolver os entraves que impedem as vacinas de chegar à população.

“O Unidos pela Vacina deseja ajudar o Sistema Único de Saúde a facilitar os processos de vacinação. Podemos oferecer, por exemplo, o custeio do transporte para a chegada das vacinas, disponibilizar locais para vacinação drive-thru, pessoal para trabalhar nos pontos de imunização, entre outros”, adiantou Marcelo de Souza e Silva. O movimento reúne grandes empresas privadas e entidades sociais como associações de farmácias, varejo e instituições bancárias. Em Belo Horizonte, a CDL/BH é uma das primeiras a manifestar adesão ao projeto.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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