Por R$ 196 milhões, a Kalbin S.A. chegou a termo nas bases para venda da fábrica de papéis para embalagens de Nova Campina (SP). Será comprada pelo Grupo Klingele Paper & Packaging, de Remnhalden (Alemanha). No comunicado ao mercado, desta quarta (24/06), a empresa esclarece a transação se dá nas seguintes bases: R$ 132 milhões ao final no fechamento da negociação e o restante em duas parcelas anuais . Porém, os valores parcelados serão reajustáveis.
A fábrica objeto da negociação tem capacidade para produção anual de 162 mil toneladas de kraftliner. O ativo em questão a Klabin adquiriu quando comprou os negócios de papéis para embalagens e papelão ondulado da International Paper do Brasil (IP). A brasileira fez sete aquisições da IP, em abril, por R$ 330 milhões.
A transação Klabin-Klingele precisa, contudo, ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Mas, raramente o Cade impede essas negociações. No máximo, impõe ao adquirente que venda de parte de algum segmento, quando configurar excessiva concentração, ou seja, com ameaça à livre concorrência.
Klabin prioriza embalagens
Nas justificativas da venda, cuja negociação vem da segunda quinzena de março, a Klabin diz que avança no foco estratégico das operações em plantas de embalagens – papelão ondulado e papel reciclado. Isso, porém, vinculado à integração das atuais e futuras máquinas.
Klingele opera dez fábricas
Em 21 de abril, o Grupo Klingele Paper & Packaging (Klingele Paper and Packaging Group) completou 100 anos de operação, fundado por Alfred Klingele. Mas, em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as comemorações do centenário foram transferidas para o outono na Europa.
O Grupo Kingele figura entre os principais produtores independentes do mundo de papel para papelão ondulado e embalagens de papelão ondulado. O complexo opera dez fábricas e está presente em três continentes.
No Paraná, de acordo com a revista “Amanhã”, a Klabin é a terceira maior empresa. Na Região Sul, seria a oitava no ranking geral.
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