Por meio do X na mão, comércio de BH adere ao combate à violência contra mulher Por meio do X na mão, comércio de BH adere ao combate à violência contra mulher

Por meio do X na mão, comércio de BH adere ao combate à violência contra mulher

X na mão: símbolo da campanha, foto reprodução do YouTube

No contexto de agressões às mulheres, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e a Polícia Civil fizeram parceria para o combate a esse tipo de violência. A iniciativa marcou a adesão do comércio de BH à campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”, auxiliando e estimulando a denúncia e quebra do ciclo de violência.

“As mulheres que estiverem sofrendo algum tipo de agressão, devem fazer um sinal de X vermelho na palma da mão e mostrá-lo para algum dos funcionários da loja. Esses profissionais estão orientados a buscar auxílio imediato para a vítima”, orientou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Para o chefe da Polícia Civil, delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva a parceria agrega esforços e aumenta as possibilidades de um efetivo acolhimento às vítimas. “Unir forças e convidar a comunidade para o enfrentamento da violência doméstica é possibilitar que as vítimas tenham efetivamente um caminho de denúncia e de acolhimento. Além de viabilizar a responsabilização dos seus agressores”, adiantou o delegado.

Funcionários serão orientados

Os funcionários dos estabelecimentos comerciais associados que aceitarem participar receberão material de divulgação e vídeo de orientação de como agir caso uma mulher apresente o X na palma da mão. A chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família, delegada-geral Carolina Bechelany, apresentou a parceria.

“Vamos orientar e dar todo suporte aos lojistas que aderirem à campanha. Nas delegacias temos profissionais habilitados para acolher e proceder com os trabalhos de polícia judiciária em relação a esta vítima”, afirmou. “Todos nós precisamos nos unir para combater essa pandemia de violência doméstica contra a mulher, assim como nos unimos em relação à prevenção e combate ao Covid-19. Ajudar a salvar as vidas dessas mulheres é um dever de todos nós. Não existe mais o lema “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Devemos sim, ajudar essas vítimas”, afirmou o presidente da CDL/BH.

Trajetória criminosa

Ao longo de 2021, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos recebeu 46 mil denúncias de violência doméstica e familiar contra a mulher. De acordo com o recente levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma a cada quatro mulheres do país afirma ter sido vítima de ações violentas durante o período de pandemia. Em números, significa que quase 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual em 2020. Na capital, só em 2021, mais de 11 mil mulheres registraram algum tipo de violência doméstica.

Instituída pela Lei n. 14.188/2021, a campanha consiste em incentivar as mulheres a romper o ciclo de violência e, para isso, propõe que a mulher que esteja sofrendo algum tipo de violência e esteja impossibilitada de procurar uma unidade policial, possa apresentar um sinal (X) na palma da mão, preferencialmente na cor vermelha, para um funcionário ou atendente de estabelecimentos comerciais para que este acione a polícia.

Nos próximos dias a CDL/BH e a PCMG vão promover no comércio da capital uma ação de conscientização de lojistas e colaboradores sobre a importância da adesão à campanha. Também serão afixados cartazes ilustrativos que sinalizam a participação do estabelecimento no projeto. A PCMG também disponibiliza o aplicativo MG Mulher e as denúncias podem ser feitas nas Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher ou mesmo pelo site delegaciavirtual.sids.mg.gov.br.

LEIA MAIS: Em tempo de fake News, CDL/BH premia jornalismo profissional pela 9ª vez

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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