Partido de Zema desfilia ministro de Bolsonaro após queimadas Partido de Zema desfilia ministro de Bolsonaro após queimadas

Partido de Zema desfilia ministro de Bolsonaro após queimadas

Ministro Ricardo Salles divulga comercial de montadora em sua rede social. Foto - Agência Brasil/Divulgação

Ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, foto Agência Brasil

Como informamos aqui, há cerca de 70 dias, o partido Novo suspendeu, nesta quinta (31), a filiação do ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. A decisão foi da Comissão de Ética do partido, que recorreu ao estatuto para justificar a medida. De acordo com o dispositivo, a suspensão ocorre em caráter liminar (temporário). Por quê? Há “risco de dano grave e de difícil reparação à imagem e reputação do Novo”, disse a comissão.

A expulsão do ministro foi pedida em agosto pelo deputado estadual Chico Bulhões (RJ), por meio de requerimento à comissão. A justificativa foi a atuação de Salles no ministério. Bulhões acusou Salles de adotar “condutas divergentes com os programas do partido Novo no tema ambiental”. Para isso, elencou demissões de profissionais qualificados, desprezo a dados científicos e revogação de políticas públicas. “Isso causa dano à imagem e à reputação do Novo”, sustentou o deputado.

Nota do partido Novo na íntegra

“O Novo informa que a Comissão Nacional de Ética Partidária, no exercício de suas atribuições, conforme determina o Estatuto do Novo nos artigos 19 e 72, inciso V, suspendeu, em caráter liminar, a filiação do Sr. Ricardo de Aquino Salles, confirme previsto no § 2º, alínea ‘b’ do art. 21 do Estatuto, até o julgamento final da denúncia apresentada perante a Comissão”.

Novo ignora omissão do ministro das queimadas ou vai expulsá-lo

Ricardo Salles teve a atuação contestada por aliados durante as queimadas na Amazônia. Além disso, a posição dele com relação à ONG Greenpeace pesou. Na 4ª feira (30), a organização acionou o ministro no Supremo Tribunal Federal por difamação.

Zema nomeia novo adjunto no meio ambiente

Se o Novo suspende um ministro do Meio Ambiente, o governador Romeu Zema, do mesmo partido, faz mudanças na área. Ele nomeou, no último dia 22 de outubro, Rodrigo Gonçalves Franco, que, até aquela data, era o superintendente da Associação Mineira dos Municípios (AMM).

Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade, Franco foi escolhido em processo seletivo numa cota estritamente técnica. Ainda assim, o que mais pesou, junto do currículo técnico, foi seu conhecimento da realidade dos municípios de Minas. Especialmente com relação ao saneamento.

“É um grande desafio e chego para, humildemente, contribuir com o secretário Germano Vieira e com toda sua equipe na Secretaria”, disse Franco. “Comandei por 4 anos a Superintendência da AMM, suas 11 áreas técnicas de atendimento dos municípios, onde atendíamos cerca de 330 municípios por mês. E uma das principais áreas é a do meio ambiente. Deixei um caixa robusto, um quadro de 725 filiados numa gestão bastante austera”, disse ele, ao agradecer a confiança do presidente da Associação, Julvan Lacerda.

Áreas públicas da mineração e ambiental não dialogam

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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paulo nobre

Ministro pior não existem. Foi esculachado de SP e está no governo “honesto” kkk,kkkkk

Marcelo Gomes

Ótimo ministro. Isso é despeito do Amoêdo. Otimo foi o Zema que arrebentou a globo ao vivo falando que o partido novo se identifica 99.5% com o programa de governo do Bolsonaro. Show. O Brasil está muito melhor agora. Saindo do buraco que o PT deixou e o Zema idem aqui em minas. E o mesmo ministro fazendo excelente servico