'Morte' da 'Rodovia da Morte' - Além do Fato 'Morte' da 'Rodovia da Morte' - Além do Fato

‘Morte’ da ‘Rodovia da Morte’

  • por | publicado: 28/08/2024 - 01:56 | atualizado: 03/09/2024 - 19:58

O concessionário poderá instalar cinco praças para cobrança de pedágio entre a Capital e Governador Valadares – Crédito: Reprodução/Dnit/Gov Federal

A etapa final no processo público de privatização da ‘Rodovia da Morte’, a parte Norte da BR-381, em Minas Gerais, está marcada para amanhã (29/08). O Governo tem em mãos duas propostas. Elas serão abertas em leilão, a partir das 14h, no pregão da Bolsa de Valores B3 (Bovespa).

A fase efetiva de expedientes da União para repassar a rodovia à exploração pela iniciativa privada teve início em maio de 2021. Mas as duas tentativas fracassaram.

Enfim, amanhã, se não houver embargo de sucesso na Justiça, a terceira tentativa. A proposta vencedora assumirá, então, a concessão pelo prazo de 30 anos.

O Departamento Nacional de Transportes Terrestres (Dnit/Ministério dos Transportes) fixou investimentos, do concessionário, da ordem de R$ 9 bilhões. E fez a sua aposta no portal: “vai acabar com a alcunha de ‘rodovia da morte”. É o que mais se espera.

Invasões deixam fora 30 km da ‘Rodovia da Morte’

Desta vez, então, para não cair nos fiascos anteriores, o Governo retirou do Edital o principal gargalho. Portanto, dentro dos 303 km dessa banda da BR-381, estão fora os 30 km entre Belo Horizonte e Caetés, conforme noticiou o jornal ESTADO DE MINAS.

Esse subtrecho envolve enorme gama de problemas de políticas ocupação urbana e de ação social a serem resolvidas. Envolve a retirada das famílias que invadiram as laterais e fizeram suas moradas, portanto a etapa mais sensível.

30 anos de espera; ordens nas eleições de 2014

A duplicação da ‘Rodovia da Morte’ reúne uma enciclopédia de promessas, que se renovavam desde os anos da década de 1990.

A fase mais efetiva, porém, começou no final do 1º Governo Dilma (2014). Em plena campanha eleitoral, despacho “autorização de serviços” para diversas obras. Dilma Rousseff se reelegeu. Todavia, hibernou por uma década.

O compasso de espera retrata bem o peso da burocracia brasileira. O país, então, pagou preço caro: outras centenas vidas perdidas e de mutilados na BR-381. No conjunto dos fatores para tantas tragédias, em 1º lugar aparece o descaso da autoridade pública.

MATÉRIA RELACIONADA:

EcoRodovias tirou 3,11% e levou RJ-Governador Valadares

Título original: Dnit aposta que será o fim da ‘Rodovia da Morte’

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

All Comments

Subscribe
Notify of
guest
1 Comentário
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Afonso Melo

Comentários